A Accenture prevê que a IA trará uma revolução na forma como as empresas operam, com agentes autónomos de IA ao transformar a experiência do cliente e a força de trabalho do futuro
De acordo com o Accenture Technology Vision 2025, a adoção acelerada de Inteligência Artificial (IA) irá redefinir a interação das empresas com os seus clientes e a forma como os trabalhadores se relacionam com as tecnologias. 77% dos inquiridos acreditam que desbloquear os reais benefícios da IA só será possível quando a tecnologia for construída sobre uma base de confiança sólida. O relatório identifica quatro tendências emergentes que prometem impulsionar esta mudança. A primeira delas, chamada “Big Bang Binário”, prevê uma revolução na construção de sistemas digitais, com agentes de IA a ganharem autonomia para realizar tarefas complexas, o que permitirá aos negócios inovar de forma mais rápida e eficiente. A Accenture aponta como exemplo a Salesforce que adota a plataforma Agentforce para integrar agentes autónomos nos seus processos. Outra tendência destacada no estudo é a necessidade de as empresas protegerem a sua identidade, uma vez que, à medida que os agentes de IA personalizam as interações com os clientes, as marcas podem tornar-se indistinguíveis. Em paralelo, a Accenture antecipa um novo ciclo de aprendizagem, em que pessoas e IA irão trabalhar em conjunto para expandir a autonomia e alcançar resultados. Entre as inovações previstas, destaca-se a criação de “cérebros digitais cognitivos”, sistemas baseados em IA que funcionarão como o núcleo central da tomada de decisões nas empresas. Esses sistemas terão a capacidade de aprender com as interações e evoluir, desempenhando o papel de assistentes e até mesmo de orquestradores autónomos das operações das organizações. Neste cenário, a confiança emerge como um fator determinante para a implementação da IA, de acordo com a Accenture. Para alcançar o nível de autonomia abordado neste estudo, as empresas precisam de garantir a cibersegurança e construir confiança tanto nas tecnologias digitais quanto nos próprios sistemas de IA. O futuro, portanto, dependerá de uma nova abordagem de confiança que envolva tanto a proteção dos dados quanto a confiança nas decisões tomadas pela IA. No relatório, a Accenture recomenda que as empresas comecem a preparar-se para este novo paradigma, ao, em primeiro lugar, adotar novas arquiteturas tecnológicas, experimentar agentes internos e monitorizar de perto o impacto da IA nas suas operações. |