Portugal consolida posição na inovação europeia

Centros de investigação públicos, com 265 pedidos de patente depositados na Organização Europeia de Patentes, colocam Portugal entre os 20 líderes europeus

Portugal consolida posição na inovação europeia

Portugal está a consolidar a sua posição como um ator relevante para a inovação na Europa, de acordo com um novo estudo desenvolvido pelo Observatório de Patentes e Tecnologia da Organização Europeia de Patentes (OEP), em cooperação com o Fraunhofer ISI.

O estudo destaca o papel dos centros de investigação públicos (PRO) europeias no avanço da inovação. Abrangendo 39 Estados-membros, o relatório mostra que, entre 2001 e 2020, as PRO contribuíram em cerca de 63 mil pedidos de patente europeia – quase 5% de todos os pedidos apresentados por requerentes europeus. O relatório indica ainda que as organizações públicas de investigação portuguesas contribuíram com 265 pedidos de patente na OEP, representando 10,3% de todos os pedidos portugueses de patente e que ajudou a colocar Portugal na 16.ª posição entre os países europeus

O estudo revela ainda que as organizações portuguesas estão a assumir cada vez mais a titularidade direta das suas invenções: a percentagem de patentes diretamente relacionadas com PRO aumentou de 59,3% em 2001-2010 para 86,9% em 2011-2020, refletindo um compromisso institucional mais forte com a inovação e a transferência de tecnologia. Na linha da frente estão o INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência - e o Instituto de Telecomunicações, que se destacam como os principais PRO portugueses em atividade de patenteamento nas últimas duas décadas.

A investigação pública é uma das maiores forças da Europa. Este estudo destaca o papel vital das nossas organizações públicas de investigação e dos hospitais, cujas invenções reforçam a competitividade da Europa”, afirmou António Campinos, presidente da OEP, em comunicado. “Mas, para desbloquear todo o seu potencial, temos de intensificar a colaboração e acelerar a transferência da investigação para tecnologias aplicáveis no mundo real”.

O relatório destaca o forte recurso e adesão das entidades nacionais ao novo sistema da Patente Unitária. A Patente Unitária simplifica e reduz os custos de proteção de invenções na Europa. Este sistema permite um único pedido, apresentado num único idioma, sujeito ao pagamento de uma só taxa e que é válido em vários países, facilitando o acesso a diferentes mercados europeus. Paralelamente, oferece um sistema centralizado de resolução de litígios, garantindo maior segurança jurídica, e acelera a comercialização da inovação incentivando investigação, desenvolvimento e investimento.

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