Estudo revela que, embora 54% das empresas registem retorno positivo dos investimentos em inteligência artificial, 62% ainda permanecem na fase de piloto
|
A segunda edição do “Readiness Report”, realizado pela Kyndryl e que reúne respostas de 3.700 líderes de empresas provenientes de 21 países, mostra um momento de progresso, mas também de reflexão, onde as empresas estão a obter rendimentos crescentes dos investimentos em Inteligência Artificial (IA), enquanto enfrentam uma pressão crescente para modernizar infraestruturas, escalar a inovação, requalificar as equipas e gerir riscos num contexto regulatório mais fragmentado. A primeira edição deste relatório já tinha revelado uma diferença significativa entre perceção e preparação. Apesar de 90% dos líderes empresariais acreditarem que a sua infraestrutura tecnológica era de excelência, apenas 39% consideravam estar prontos para enfrentar futuras disrupções. Embora tenha havido progresso, a tensão entre confiança e capacidade permanece. A edição de 2025 do “Readiness Report”, por sua vez, aponta que 54% das organizações afirmam já obter retornos positivos dos investimentos em IA, um aumento de 12 pontos percentuais face a 2024, mas 62% ainda não conseguiram ultrapassar a fase de pilotos dos seus projetos. Ao mesmo tempo, e embora 90% afirmem dispor de ferramentas e processos que permitem testar e escalar novas ideias rapidamente, mais de metade reconhece que a sua base tecnológica continua a limitar a inovação. O estudo afirma, ainda, que 87% dos líderes acreditam que a inteligência artificial vai “transformar completamente” as funções dentro das suas organizações nos próximos 12 meses, mesmo que muitos admitam que os colaboradores usam pouco esta tecnologia e poucos possuam as competências técnicas necessários. Apesar dos benefícios claros da adoção da cloud, as empresas estão agora a repensar onde e como armazenam, processam e protegem os seus dados perante um ambiente regulatório fragmentado, e 70% dos CEO admitem que a sua atual infraestrutura cloud “resultou mais do acaso do que de um planeamento estruturado”. À medida que procuram escalar a inovação, os líderes empresariais identificam a preparação das pessoas como uma barreira e, simultaneamente, uma oportunidade. Embora quase nove em cada dez acreditem que a IA irá reformular completamente as funções dentro das suas organizações no próximo ano, apenas 29% consideram que as suas equipas estão preparadas para tirar o máximo partido da tecnologia. Persistem também desafios culturais: 48% dos CEO reconhecem que as suas organizações limitam a inovação e 45% afirmam que os processos de decisão são demasiado lentos. |