IA auxilia líderes financeiros a demonstarem pilares de líderança mais humana

Segundo a Gartner, adaptabilidade, empatia e autenticidade são os principais pilares de uma liderança mais humana e focada nos colaboradores

IA auxilia líderes financeiros a demonstarem pilares de líderança mais humana

De acordo com dados da Gartner, o rápido progresso das ferramentas de Inteligência Artificial (IA) em funções financeiras tem vindo a tornar-se fundamental para os CFO demonstrarem três pilares centrais de liderança: adaptabilidade, empatia e autenticidade

À medida que a IA se torna cada vez mais capaz e pode realizar mais trabalho na função financeira, inevitavelmente surge a questão sobre se a IA substitui os colaboradores humanos”, disse Dennis Gannon, VP analyst na prática de finanças, no âmbito de um keynote na CFO & Finance Executive Conference da Gartner. “O quadro que está a surgir à medida que as organizações colocam a tecnologia digital avançada em ação é muito mais subtil e difícil do que se um emprego permanece ou não”.

No seu discurso, o analista descreveu o surgimento de um tipo de aprendizagem humano-máquina em que cada parte cumpre as suas valências, interagindo uns com os outros. “A tecnologia está a fornecer alertas antecipados, recomendações simples e a refinar dados, enquanto os humanos estão a interpretar os dados, identificando problemas e metas e tomando decisões mais complexas. Quando funciona bem, o ser humano e a máquina complementam-se e tornam-se melhores”, comentou.

De acordo com o especialista, o maior desafio são os colaboradores que saem do processo por causa de cansaço com mudanças quase constantes e medo de serem substituídos pela tecnologia, realçando uma falta generalizada de fé na liderança. “A expansão do âmbito do que a tecnologia agora é capaz de fazer por nós mudou fundamentalmente o que os funcionários precisam do líderes. Os líderes financeiros precisam ter acesso a competências de liderança humana para orientar não apenas as suas próprias equipas, mas a empresa em geral nesse ambiente”.

Adaptabilidade

A Gartner conta que, em termos gerais, os colaboradores exigem uma experiência de trabalho mais personalizada e flexível. “A adaptabilidade não é apenas quando e onde trabalha, mas é com quem trabalha, é até que ponto pode controlar o volume de trabalho e o que trabalha. Dos três pilares, esta é a área em que a liderança financeira teve melhor desempenho e onde sua mão está realmente sendo forçada pelo mercado de trabalho”, disse Dennis Gannon.

Empatia

Segundo a Gartner, liderança empática implica ir além de um tratamento cordial, de dedicar tempo ao cultivo de uma compreensão deliberada das motivações e experiências de outra pessoa. “A liderança empática é especialmente importante para os CFO, cujos subordinados diretos se sentem esgotados mais do que em qualquer outra função. Isso vai tornar-se ainda mais importante à medida que uma proporção crescente da força de trabalho for composta por funcionários da geração Z, que estabelecem um nível ainda mais alto para o tipo de liderança emocionalmente inteligente que esperam no local de trabalho”, explicou.

Autenticidade

Os especialistas explicam que a autenticidade implica que os líderes sejam mais vulneráveis perante os seus pares, equipas e chefes. “Mais de 50% dos funcionários de finanças dizem- nos que sentem medo de assumir um risco calculado porque acham que isso se vai repercutir neles”, disse Dennis Gannon. Assim, “ser pessoalmente vulnerável como líder significa ser autêntico sobre o que está a sentir, mostrar aos funcionários que eles também se podem expor sem sentir que vão ser punidos pelo sistema”.

Tags

NOTÍCIAS RELACIONADAS

RECOMENDADO PELOS LEITORES

REVISTA DIGITAL

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

IT INSIGHT Nº 48 Março 2024

NEWSLETTER

Receba todas as novidades na sua caixa de correio!

O nosso website usa cookies para garantir uma melhor experiência de utilização.