Presença nas redes sociais ainda é vista como risco para a carreira

Manter uma presença ativa nas redes sociais continua a ser percecionado, por muitos profissionais, como um possível obstáculo à progressão na carreira. A opinião, no entanto, divide-se de forma clara entre gerações

Presença nas redes sociais ainda é vista como risco para a carreira

Quase metade dos adultos empregados considera que estar ativo nas redes sociais pode prejudicar mais do que ajudar a carreira. A conclusão é de um estudo realizado nos Estados Unidos, que mostra que 44% dos profissionais veem as redes como um risco, enquanto apenas 37% acreditam que representam uma vantagem profissional. Os dados constam de um estudo conduzido pela The Harris Poll para a American Staffing Association (ASA), que procura perceber a forma como os trabalhadores norte-americanos encaram o impacto das redes sociais na vida profissional.

Este estudo, realizado online entre 21 e 23 de abril de 2025, incluiu 2.093 adultos com 18 anos ou mais, dos quais 1.272 estavam empregados. O inquérito revela ainda que sete em cada dez empregadores utilizam redes sociais para avaliar candidatos a emprego. Mais de metade (57%) refere já ter encontrado conteúdos que os levaram a descartar candidatos durante esse processo de triagem.

O estudo também revela que as perceções sobre as redes sociais variam significativamente consoante a geração. Enquanto 48% dos Baby Boomers (61 a 79 anos) afirmam que uma presença ativa pode prejudicar a carreira, 51% dos trabalhadores da Geração Z (18 a 28 anos) acreditam que essa presença tem o potencial de ajudar. Entre os membros mais jovens desta geração, 56% asseguram que a sua atividade nas redes sociais teve um impacto positivo nas suas próprias carreiras. A percentagem baixa para 44% entre os Millennials (29 a 44 anos), 28% na Geração X (45 a 60 anos) e 20% nos Baby Boomers.

Para Richard Wahlquist, CEO da ASA, a forma como os profissionais se expõem online continua a ser um fator crítico. “Uma presença ativa nas redes sociais tem a capacidade de fazer ou quebrar anos de trabalho árduo num piscar de olhos”, sublinha. Embora as gerações mais jovens encarem as redes sociais como uma ferramenta de expressão pessoal e avanço profissional, Richard Wahlquist alerta que “qualquer postagem que fizer provavelmente será vista por potenciais empregadores”.

A investigação da ASA destaca um ambiente profissional em que a imagem digital tem peso crescente nas decisões de recrutamento e progressão na carreira. A clivagem geracional nas atitudes face às redes sociais reflete, por um lado, diferentes experiências no uso destas plataformas e, por outro, distintos níveis de conforto na gestão da identidade profissional online.

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