A Visor.ai teve de rever a sua infraestrutura para escalar em setores regulados. A dívida técnica que acumulou foi mitigada com o apoio da Out.Cloud da AWS, que permitiu controlar custos, conformidade e escalabilidade.
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A transição da Visor.ai de uma startup focada em “fazer funcionar” para uma empresa capaz de escalar em ambientes regulados foi o tema central do webinar promovido pela TD Synnex com a AWS e a Out. Cloud. Em causa estiveram decisões técnicas acumuladas ao longo de uma década e o impacto direto dessas escolhas na capacidade de crescer, vender a grandes empresas e controlar custos, decisões que, segundo Francisco Pires, da AWS, “impactam o resultado das empresas”.
A Visor.ai, empresa portuguesa de Inteligência Artificial (IA) e automação para o serviço ao cliente que desenvolve voice bots, chatbots e soluções internas de auditoria de qualidade, foi fundada antes da IA se tornar popular. Segundo Gonçalo Consiglieri, CEO da Visor.ai, ajudou a “desbravar este caminho”, refletido hoje na utilização da “IA no dia-a-dia de todos”, num ecossistema de startups ainda pouco maduro e com acesso limitado a financiamento.
Esse contexto levou, segundo o CEO, a uma acumulação inevitável de dívida técnica, uma vez que “as decisões que fomos tomando eram mais de curto prazo do que propriamente de médio e longo prazo”. O problema surgiu quando a Visor.ai começou a trabalhar com grandes clientes, como bancos, numa altura em que soluções cloud não eram o standard. “Para conseguirmos entregar um serviço cloud, tínhamos de entregar um serviço que não fosse banal e básico”, explicou Gonçalo Consiglieri, o que levou à criação de infraestruturas dedicadas por cliente e ao aumento da complexidade e dos custos. A entrada da Out.cloud A Out.Cloud surge, por recomendação da AWS, num cenário em que, Nelson Ratinho, CEO da Out.Cloud, descreveu como típico de startups em crescimento, que passa muito por “precisávamos disto, criávamos; precisávamos daquilo, também criávamos, e as coisas iam ficando para trás”.
“Desde que trabalhamos com a Visor.ai, os custos começaram a ficar controlados”, afirmou Nelson Ratinho, que também sublinhou que, apesar do crescimento acentuado da empresa, os custos de infraestrutura mantiveram-se estáveis, mesmo com a duplicação da capacidade. Segundo o responsável, esse controlo passou por otimização, automação e pela introdução de práticas de platform engineering e DevOps. Para Nelson Ratinho “atacar o que está para trás é essencial”, mas fazê-lo sem visão pode criar problemas. É necessário um roadmap claro e experiência para decidir o que atacar e quando. Conformidade como fator de diferenciação O CEO da Out.Cloud explicou que a abordagem da empresa passou por integrar segurança e conformidade desde a base, com o objetivo de “remover a fricção de crescimento da própria Visor.ai” e tornar a infraestrutura auditável e preparada para certificações como a ISO 27001. Para a Visor.ai, este trabalho teve impacto direto no posicionamento de mercado. A empresa, segundo Gonçalo Consiglieri, nunca ambicionou ser um SaaS puro, uma vez que “uma grande empresa não trabalha assim” devido aos longos processos de procurement, legal, compliance e segurança da informação. Abraçar essas exigências tornou-se um fator diferenciador num momento em que é necessário cumprir requisitos cada vez mais rigorosos, desde o RGPD ao DORA e ao futuro AI Act. Escalar com controlo Do ponto de vista financeiro, Nelson Ratinho revelou que o desafio era conseguir “previsibilidade sobre o que íamos gastar e ter o controlo sobre o que íamos gastar”. A transformação permitiu alinhar custos com o crescimento do negócio e evitar que a infraestrutura se tornasse um entrave. Atualmente, a Visor.ai coloca em produção uma infraestrutura totalmente em conformidade em poucos dias, quando em 2018 demoraria meses. A aceleração, suportada por CI/CD, automação, infrastructure as code e policy as code, permite que todos os componentes de segurança necessários para auditorias fiquem quase automaticamente prontos, eliminando processos manuais. Para Gonçalo Consiglieri, esta maturidade “facilitou a decisão de fazer”, nomeadamente na expansão para a América Latina. Neste momento, encontram-se “numa fase diferente” e o foco passou a ser a otimização e “a fazer mais do que dá retorno e menos do que não dá”.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext, pela TD Synnex, pela AWS, pela Out.Cloud e pela Visor.ai |