Imagine duas equipas de IT. Têm orçamentos semelhantes, stacks de tecnologia parecidas, e enfrentam desafios de segurança equivalentes.
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E, no entanto, uma delas conduz consistentemente o crescimento do negócio, lidera iniciativas de IA com sucesso e atrai os melhores talentos — enquanto a outra permanece presa à resolução de fogos, lutando por reconhecimento executivo. O que as distingue? A investigação da HP revela que o fator decisivo, talvez surpreendente, é o grau em que se investe na experiência dos colaboradores. O estudo global da HP, intitulado ‘Fulfillment at Work: IT View’, mostra de forma clara esta diferença. A grande divisão que define o sucesso Menos de 50% dos líderes de IT questionados (45%) consideram a experiência dos colaboradores como responsabilidade central. Este grupo — que podemos chamar de “Líderes” — não se limita a resolver problemas de IT, mas desenha proativamente experiências tecnológicas para os colaboradores que promovem realização e produtividade. E os resultados falam por si: este segmento reporta taxas de crescimento superiores, implementações de IA mais bem‑sucedidas e maior facilidade na captação de talento. Os restantes 55% — os “Retardatários” — continuam presos no modo reativo de suporte. Estão tão ocupados com pedidos urgentes que perdem a oportunidade maior: usar a tecnologia para desbloquear o potencial humano. As equipas de IT estão mais ocupadas do que nunca, soterradas por tickets. Mas enquanto resolvem problemas visíveis — chamadas de vídeo que falham, partilha de ficheiros que não funciona — estão a ignorar as fricções invisíveis que mais impactam a satisfação e produtividade dos colaboradores. A investigação revelou que 80% dos colaboradores se sentem sobrecarregados por tarefas rotineiras que enterram o trabalho com significado; 69% lutam para manter foco e fluxo, sendo constantemente interrompidos; e 74% dos departamentos de IT recebem pedidos para melhorar ferramentas de colaboração. Há aqui uma clara desconexão: as IT estão a resolver o que salta à vista, enquanto o que impede verdadeiramente que as pessoas façam o seu melhor trabalho permanece sem resposta. O catalisador tecnológico: a experiência digital do colaborador O que separa os Líderes dos Retardatários não é apenas mentalidade — é implementação. As organizações que verdadeiramente priorizam a experiência dos colaboradores têm duas vezes mais probabilidade de implementar soluções de Experiência Digital do Colaborador (DEX) que proporcionam visibilidade contínua sobre como a tecnologia afeta equipas e produtividade. Na HP, a nossa plataforma de Experiência de Trabalho («Workplace Experience Platform») é exemplo desta nova geração de soluções DEX: vai além do monitoramento tradicional, entendendo a experiência real do utilizador — desde desempenho de dispositivos a respostas de aplicações, e até sentimento dos utilizadores — e alerta automaticamente as equipas de IT sobre problemas antes que impactem a produtividade. Os impactos são mensuráveis: 85% dos líderes de IT que implementaram sistemas DEX dizem conseguir focar‑se em iniciativas estratégicas de longo prazo, comparado com 63% entre os que não o fizeram. E mais: 87% afirmam que os seus colaboradores conseguem dedicar mais tempo a trabalho com significado. Isto significa um duplo dividendo: a IT ganha foco estratégico, os colaboradores ganham realização. Contudo, a maioria das organizações não está a dar prioridade à experiência dos colaboradores. Quando questionadas sobre as suas iniciativas mais importantes para os próximos 12 meses: 69% identificaram Transformação Digital e IA; 62% identificaram cibersegurança. Mas apenas 36% disseram que a experiência dos colaboradores era uma prioridade. Este resultado coincide com o recente Work Relationship Index da HP, que revela que apenas 20% dos trabalhadores do conhecimento sentem ter uma relação saudável com o trabalho — uma queda acentuada em relação ao ano anterior. A razão mais comum para não implementar um sistema DEX: ou não é visto como prioridade estratégica (35%) ou é visto como “bom de ter” (32%). Esta mentalidade impede as organizações de perceber que a experiência dos colaboradores é a base da produtividade, inovação e vantagem competitiva. Vejo no mercado português as mesmas dinâmicas que este estudo global revela. Organizações que continuam a encarar a IT como centro de custo ou suporte apenas reativo estão, a longo prazo, em risco de não acompanhar a velocidade da mudança. Por outro lado, as que investem na experiência dos colaboradores — com IT navegando de modo estratégico, tecnologia que apoia e não impede, e pessoas que se sentem realizadas — preparam‑se para liderar no futuro do trabalho. Se há uma mensagem chave que quero deixar, é esta: a tecnologia não transforma por si só o trabalho. A transformação real vem quando colocamos as pessoas no centro — equipando‑as com ferramentas que reduzem fricção, promovem o foco e libertam o talento. Para que Portugal e as suas empresas tirem pleno partido do futuro do trabalho, convém lembrar que o foco não é apenas o próximo dispositivo, a próxima aplicação ou o próximo projeto de IA. O foco é a pessoa. E quando isso se torna claro e sistemático, a IT transforma‑se no motor da criação de valor — para a organização, para as equipas e para o indivíduo.
Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pela HP |