Inovação e crescimento são as prioridades dos CIOs

Um estudo levado a cabo pela Deloitte, denominado “2015 Global CIO Survey: Creating Legacy”, revelou que a inovação e o crescimento são as principais prioridades de negócio para os CIOs, embora a maior percentagem (84 por cento) de orçamento de TI seja aplicada nas operações diárias e em mudanças incrementais.

Inovação e crescimento são as prioridades dos CIOs

Perante um momento em estão a emergir novos ecossistemas empresariais e em que os executivos C-Suite (executivos de topo) estão cada vez mais interligados, os CIOs tentam encontrar um equilíbrio entre a inovação e a eficácia operacional, melhorando as relações com os executivos de topo e as suas capacidades de liderança.

"- À medida que os ecossistemas empresariais evoluem, é expectável que os CIOs adotem e antecipem o ritmo de mudança, bem como o seu impacto nas necessidades tecnológicas da organização", indicou Cristina Gamito, partner da Deloitte e responsável pelo estudo. "Os executivos C-Suite vêm hoje, mais do que nunca, o CIO como um líder preparado para concretizar as prioridades globais de negócio através de soluções tecnológicas escaláveis e investimentos inteligentes".

Embora o estudo identifique a inovação empresarial como uma das prioridades para os CIOs das diversas indústrias, o mesmo indica que apenas 16 por cento dos orçamentos de TI focam o investimento na inovação e no crescimento. Para além disso, apenas 15 por cento dos líderes globais na área da tecnologia estão a investir em tecnologias emergentes.
Segundo Cristina Gamito, "os CIOs dispõem de uma grande oportunidade para promover a inovação e o crescimento no atual ambiente empresarial, cada vez mais globalizado e interligado. O desafio consiste no facto de o CIO se tornar num líder empresarial conceituado, com responsabilidades na promoção do crescimento e da inovação, assim como no apoio à excelência operacional".


Prioridades definidas dos CIOs

Em organizações de grande e pequena dimensão os dados revelam que os CIOs partilham cinco prioridades empresariais que estão diretamente relacionadas com o seu negócio, nomeadamente o desempenho (48 %), inovação (45 %), custo (45 %) e crescimento (44 %).
Mais de metade dos CIOs da indústria das tecnologias, telecomunicações e serviços financeiros indicaram a inovação como a principal prioridade para a sua atividade, sendo que metade identificou estes aspetos também como prioridades de negócio.
De modo geral, aquilo que a Deloitte verifica é que os CIOs estão a prestar maior atenção aos ecossistemas nos quais os negócios se desenvolvem e que são mais abrangentes. Esta é a razão apontada pelo estudo para que mais de metade dos CIOs tenham escolhido uma prioridade diferente das três principais prioridades aplicáveis ao respetivo setor.

À medida que os profissionais tentam concretizar estas diferentes prioridades, potenciam um conjunto diverso de competências e de abordagens de liderança, embora o estudo tenha revelado que quase a totalidade dos CIOs não crêem possuir todas as competências necessárias para serem líderes bem-sucedidos.

O estudo constatou que os inquiridos apresentam diferenças significativas na forma como oferecem valor às respetivas organizações e encontram-se agrupados em três padrões.
Operadores acreditados é uma das categorias que o estudo apresenta, onde se encontram os profissionais que garantem a disciplina operacional nas respetivas organizações, centrando-se no custo, na eficácia operacional e na fiabilidade do desempenho, fornecendo também tecnologias que permitem apoiar os esforços de transformação de negócio.

Outra das categorias apontadas é a de promotores da mudança, isto é, os profissionais que lideram a transformação do negócio através da tecnologia e de outras iniciativas de mudança, dedicando parte do tempo a apoiar estratégias empresariais e a providenciar tecnologias de base.
Os co-criadores de negócio são identificados como os CIOs que dedicam maior parte do tempo a criar estratégias de negócio e a impulsionar a mudança nas respetivas organizações para assegurar a execução eficaz das estratégias.

Este estudo da Deloitte contou com a participação de 1.271 CIOs de 43 países de todo o mundo, analisando as suas aspirações de carreira e objetivos pessoais.

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