A Adecco identificou as cinco grandes mudanças que estão a marcar a força de trabalho em 2025. Com base nos resultados do estudo “Global Workforce of the Future” e na análise contínua de tendências em mais de 60 países, a empresa destaca os fatores que mais estão a impactar a experiência dos colaboradores — e a redefinir a forma como as organizações atraem, gerem e fidelizam talento.
Num contexto económico ainda instável, com avanço tecnológico acelerado e mudanças culturais profundas, o mundo do trabalho continua em constante reinvenção. De Portugal ao Japão, de empresas familiares a multinacionais, cinco transformações estão a ganhar terreno de forma transversal.
- Flexibilidade híbrida torna-se a nova norma – O modelo híbrido consolidou-se como a preferência dominante. Segundo dados do “Global Workforce of the Future”, cerca de 65% dos profissionais em todo o mundo preferem modelos que combinem presencial e remoto. Já não se trata apenas de uma vantagem competitiva, mas de uma exigência crescente para a fidelização de talento. Em Portugal, esta tendência também se verifica, com os profissionais a privilegiarem a autonomia na gestão do tempo e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- A Inteligência Artificial (IA) já impacta o dia a dia do trabalho – A IA deixou de ser uma promessa distante para se tornar uma ferramenta presente nas tarefas diárias. Desde o apoio à tomada de decisão até à automatização de processos administrativos, a tecnologia está a mudar a forma como se trabalha — e as competências exigidas. As funções repetitivas estão a ser redesenhadas, enquanto se valorizam cada vez mais competências analíticas, criativas e relacionais. Para muitos colaboradores, a integração da IA levanta também o desafio da reconversão profissional, exigindo formação contínua e adaptabilidade;
- Diversidade geracional com quatro gerações no mesmo local de trabalho – Pela primeira vez, quatro gerações coabitam no mercado de trabalho, com expectativas, referências e valores diferentes. A convivência entre Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z traz novos desafios à liderança, à comunicação e à cultura organizacional. Para as empresas, a capacidade de gerir esta diversidade — valorizando a experiência e a inovação — será um fator chave para construir equipas mais inclusivas e colaborativas;
- Saúde mental no centro da estratégia de talento – O bem-estar emocional é hoje uma prioridade inegociável para grande parte dos profissionais. De acordo com o estudo da Adecco, 40% dos trabalhadores afirmam que o apoio à saúde mental é um critério decisivo na escolha de um empregador. Mais do que benefícios simbólicos, os colaboradores procuram empresas com políticas claras, apoio psicológico acessível e uma cultura de cuidado e empatia. O impacto da exaustão emocional e do burnout tornou-se um tema central nas estratégias de gestão de talento;
- Mobilidade interna ganha protagonismo – Num contexto de escassez de talento especializado, as empresas estão a redescobrir o valor da mobilidade interna como estratégia para reter competências e preparar as equipas para os desafios futuros. Incentivar a aprendizagem contínua, criar planos de carreira transversais e investir no reskilling de colaboradores são hoje prioridades de gestão. O talento que já está dentro da organização pode — e deve — ser o primeiro passo para suprir lacunas críticas.
Em comunicado, Alexandra Andrade, Country Manager da Adecco Portugal, refere que “estas tendências refletem uma mudança estrutural no modo como olhamos para o trabalho. As empresas que souberem ouvir os seus colaboradores, investir na sua evolução e adaptar-se de forma ágil às novas exigências do mercado estarão mais preparadas para crescer de forma sustentável”.
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