Adoção de blockchain cai nos últimos três anos

A adoção da tecnologia blockchain tem caído nos últimos três anos. Em 2018, os fornecedores de Blockchain enfrentaram o desinvestimento em criptomoedas, e desde então têm procurado novos mercados

Adoção de blockchain cai nos últimos três anos

A tecnologia blockchain teve origem no campo das criptomoedas, mas em 2018 este mercado começou a cair fortemente ao abandonar os principais centros dedicados à exploração de bitcoins e moedas similares.

Posto isto, os especialistas em blochchain enfrentaram  uma crise que levou ao desaparecimento de mais de dual mil criptomoedas. Como explicam os peritos da ABI Research no seu mais recente relatório, esta situação ainda não foi completamente ultrapassada, embora os fornecedores de blockchain estejam à procura de novos âmbitos para a sua tecnologia.

As receitas globais da blockchain caíram 35% entre 2018 e 2020, o equivalente a 2,8 mil milhões de euros. Embora potenciais mercados estejam a emergir para blockchains, o contexto pandémico que se vive terminou com a maioria dos planos de investimento, e as organizações estão a repensar os seus investimentos. Apesar destas dificuldades, os especialistas acreditam que a quebra de receitas não vai durar muito mais tempo, mas, no entanto, consideram que a “febre” da blockchain já acabou.

Na opinião de Michela Menting, diretora de investigação em segurança digital da ABI Research, "muitas ofertas especulativas foram retiradas do mercado. No entanto, isso será relativamente benéfico para o ecossistema blockchain em geral, reforçando as novas empresas existentes e garantindo que os modelos de negócio mais fortes e mais valiosos surjam nos próximos anos. A ABI Research espera que o mercado regresse aos níveis de receita de 2018 até 2023".

As indústrias que provavelmente gerarão um aumento adicional de receitas para o mercado blockchain serão a gestão da cadeia de abastecimento e logística, em parte devido a aplicações relacionadas com o rastreio de ativos para a luta contra o coronavírus. Como explica Menting, "a pandemia também revelou as deficiências e falhas dos procedimentos existentes, especialmente em termos de transparência e garantia de qualidade. O blockchain é agora uma tecnologia que é reconhecida como capaz de resolver estes problemas e como tal, o interesse e a procura vão aumentar as receitas para aplicações blockchain que se focam na produção, transporte e armazenamento, bem como no retalho e no consumidor".

As empresas de saúde também estão a começar a explorar a tecnologia blockchain, principalmente em aplicações usadas para partilhar informações sobre a pandemia e combater as notícias falsas.

"Os projetos blockchain lançados pela Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas, juntamente com muitos Centros Nacionais de Controlo de Doenças, mostram a utilidade do blockchain nestas circunstâncias. Espera-se que as aplicações de saúde aumentem mais rapidamente do que o esperado", conclui Michela Menting.

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