“Acreditamos que a educação é fundamental para uma boa experiência de compra"

A Visa acredita que um comércio digital pode trazer diversas vantagens para consumidores e comerciantes. No entanto, esta transformação também acarreta grandes desafios, nomeadamente, o desafio da segurança

“Acreditamos que a educação é fundamental para uma boa experiência de compra"

A sociedade atual está a caminhar para ser cada vez mais digital, onde as informações são imediatas, e uma transação para outros países e continentes está a apenas um clique de distância.

No nosso dia-a-dia, já utilizamos várias formas de pagamento, desde dinheiro a cartões contactless. Nos últimos três meses, assistimos a uma grande mudança nos comportamentos dos consumidores, devido à pandemia”, explica Paula Antunes da Costa, Country Manager da Visa em Portugal.

Este novo panorama exigiu outro nível dos sistemas financeiros, onde os consumidores exigem ferramentas mais rápidas. Muitas empresas, de pequena e grande dimensão, encararam o canal online como uma oportunidade para manter a sua indústria no mercado, onde as formas de pagamento cashless tiveram um papel fundamental neste ambiente económico.

Dados recentes do Banco de Portugal mostram que, em abril, os portugueses levantaram o menor valor de dinheiro dos últimos vinte anos. Por outro lado, os pagamentos contactless e outros pagamentos digitais aceleraram durante este período. Este fenómeno demonstra que a sociedade está a mudar e a exigir múltiplas plataformas, mais eficientes, seguras e ágeis.

De certa forma, Portugal ficou aquém de outros mercados em termos do ritmo da sua evolução para formas de pagamento eletrónicas mais eficientes para comércio e serviços. O dinheiro ainda se mantém até ao momento como a forma de pagamento predominante no mercado português, e o contexto atual e as mudanças comportamentais emergentes, verificadas nos últimos meses, poderão ser uma alavanca para a transformação e uma oportunidade para reduzir a disparidade entre Portugal e outros mercados semelhantes, onde os pagamentos digitais têm assumido a liderança.

Na Visa apoiamos a ideia de que um comércio digital pode trazer muitas vantagens para consumidores e comerciantes. No entanto, essa transformação também acarreta grandes desafios, nomeadamente, o desafio da segurança”, acrescenta.

Na visão da Country Manager da Visa em Portugal, “temos a responsabilidade de estar um passo à frente e desenvolver tecnologias robustas que evitem fraudes. A nossa capacidade de usar a inteligência artificial para detetar fraudes ajudou a impedir cerca de 25 mil milhões de euros em fraudes a nível global, só no ano passado. Cada vez mais, os utilizadores podem identificar-se utilizando a tecnologia biométrica, como a impressão digital, voz ou até mesmo o rosto, o que facilita os pagamentos com dispositivos digitais, ao mesmo tempo que dificulta as tentativas dos autores das fraudes”.

Além disso, a Visa pode atribuir, criptografar e armazenar com segurança identificadores únicos chamados "tokens", que permitem substituir os detalhes do cartão de pagamento do utilizador. Isto significa que é possível fazer transações online com segurança e com dispositivos conectados sem partilhar qualquer detalhe do cartão de pagamento.

Uma das chaves para impulsionar essa transformação é a confiança, e os cartões contactless são o tipo de pagamento com a menor taxa de fraude”. Em países como a Austrália e o Reino Unido, onde o contactless é usado massivamente há algum tempo, os níveis de fraude têm apresentado mínimos históricos.

O futuro do comércio digital só é possível através de investimento contínuo em tecnologia. Para assegurar a realização de pagamentos seguros é necessário um investimento em inteligência e tecnologia, bem como trabalhar em conjunto com governos e empresas que garantam um elevado nível de segurança.

Quando questionada sobre como é que as organizações devem trabalhar para proteger a identidade do cliente, Paula Antunes da Costa acredita que “os consumidores se devem questionar de que forma é que os seus dados são protegidos. Muitas pessoas não se sentem confiantes em partilhar as informações do cartão e é aqui que a tokenização acrescenta valor”.

A tokenização é um processo no qual o número da conta principal do consumidor é substituído por um token digital que protege os dados confidenciais do titular do cartão. Esta tecnologia é usada em transações em que não está presente um cartão físico, também designadas por transações com cartão não presente (CNP). As transações CNP podem incluir pagamentos feitos online e pagamentos móveis e digitais através de smartphones, tablets, PCs e dispositivos ligados à Internet.

Para os consumidores, isto permite uma experiência de pagamento mais segura e conveniente, enquanto que para os comerciantes reduz o número de pagamentos recusados, pois a transação não pode ser realizada com credenciais de pagamento expiradas. Além de reduzir o risco de fraude, os consumidores têm diversos benefícios adicionais com a tokenização, incluindo informações dinâmicas sobre credenciais, apresentação visual da confirmação, apoio no Marketplace, serviços de fidelidade e valor agregado e carregamento simplificado de cartões.

Num estudo de 2019, 80% dos entrevistados "nunca ouviram falar ou têm apenas uma vaga ideia" de compras one click. O mesmo se verifica quando se fala de métodos de pagamento, como pagamentos instantâneos (75%), pagamentos móveis (65%), pagamentos diretamente na app (65%), tecnologia de segurança 3D Secure (63%) ou P2P (55%). Por outro lado, a tecnologia mais reconhecida em Portugal é o contactless, com 77% dos entrevistados a dizer que conhecem ou que usam esta tecnologia no seu dia a dia, assim como a autenticação através do número do cartão CVV2 (69%).

Na Visa acreditamos que a educação é fundamental para uma boa experiência de compra. Um primeiro mau contato com pagamentos digitais pode significar um abandono dessa forma de pagamento, o que tentamos evitar todos os dias. Por essa razão, estabelecemos várias parcerias com diferentes instituições financeiras para que as pessoas saibam o que podem fazer e que tipo de proteção possuem”, conclui.

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