55% das empresas portuguesas de TI preveem aumentar equipas no final de 2023

A Projeção para a Criação Líquida de Emprego nas organizações portuguesas de TI é de +47%, sendo Portugal o 7.º país com as previsões de contratação mais otimistas no setor

55% das empresas portuguesas de TI preveem aumentar equipas no final de 2023

Com a transformação digital e a automatização empresarial e dos modelos de negócio, o setor das Tecnologias da Informação (TI) tem sentido a necessidade de reforçar a sua equipa com talentos especializados. As perspetivas de contratação no quarto trimestre do ano mostram-se positivas, com 55% das empresas a prever a expansão das suas equipas, enquanto apenas 8% estima reduzir 31% não planeia alterações no número de colaboradores.

O estudo Tech Talent Outlook da Experis apresenta uma forte projeção para a criação líquida de emprego no setor de TI em Portugal, prevendo para o último trimestre um valor de 47%, mais 3% que o trimestre passado e mais 9% em comparação com o mesmo período em 2022.

Os valores de Portugal estão 14% acima da média da região da Europa, Médio Oriente e África (EMEA), encontrando-se 8% acima da média mundial. É o 7.º país no mundo a nível do otimismo na perspetiva de criação de emprego no setor de TI, diz a Experis.

“As exigências do mercado, impulsionadas pela evolução tecnológica, têm vindo a refletir-se nas intenções de contratação dos empregadores do setor das TI, em Portugal, que se mostram otimistas para os últimos três meses do ano. Na verdade, apesar da incerteza que observamos na conjuntura macroeconómica, mais de metade destes empregadores planeia aumentar as suas equipas até ao final do ano”, afirma Nuno Ferro, Operations Director da Experis.

Em Portugal, as intenções de contratações dos empregadores no setor de TI têm evoluído de forma positiva ao longo do ano, contrariando o cenário de 2022. Nos primeiros três meses, as perspetivas de contratação em TI situavam-se nos 28%, comparados aos 67% registados em janeiro de 2022. No segundo trimestre, a projeção para a criação líquida de emprego aumentou em 4%, com um valor de 32%, face aos 37% do ano passado. De julho a setembro, os planos foram de 44%, tendo crescido 12% comparativamente ao trimestre anterior, mas 7% abaixo dos dados do mesmo período de 2023.

A nível global, as intenções de contratação de TI são otimistas, com um valor de 39%, mas estabilizam em relação às perspetivas do terceiro trimestre do ano. Isto representa uma descida de 5% comparativamente ao mesmo período de 2022.

A Experis conclui que os 41 países e territórios inquiridos evidenciam projeções de contratação positivas, sendo que os valores mais otimistas correspondem a Porto Rico (57%), aos Estados Unidos (56%), ao México e à Noruega, ambos com 53%. Em contrapartida, a Roménia e a Polónia (16%), assim como a Bélgica e a Argentina (17%) mostram-se mais cautelosas nas contratações no setor. 

Quanto à região EMEA, a Projeção do setor de TI aponta para +33%, estando 3% acima dos valores do trimestre passado e 8% superior aos dados do período homólogo de 2022.

Segundo a Experis, a cibersegurança, a gestão de bases de dados e o suporte técnico são atualmente as áreas prioritárias para os empregadores nacionais no setor de TI, valorizando sobretudo perfis especializados dotados de soft skills, como a capacidade de diagnosticar e resolver problemas, assim como a recolha e análise de dados.

Ainda assim, preencher as posições abertas não tem sido fácil para a maioria das organizações tecnológicas. Segundo o Talent Shortage Survey 2023, realizado pelo ManpowerGroup, 87% das empresas sentem dificuldades em encontrar perfis com as competências desejadas.

A escassez de talento é um dos desafios mais reportados pelos empregadores de TI, que têm investido em diversas estratégias como resposta às exigências do mercado. “Isto tem vindo a obrigar as organizações a repensarem os seus processos de atração de talento, com uma aposta crescente no upskilling e reskilling dos profissionais, atuando assim ao nível da construção do talento que necessitam para poderem concretizar os seus objetivos de crescimento”, explica Ferro.

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