Modelos de IA chineses lideram ranking de open source

Modelos como o Kimi K2 e o Qwen 3 superam rivais da Google e Meta numa plataforma da UC Berkeley, demonstrando o poder do movimento de código aberto para impulsionar a inovação na China

Modelos de IA chineses lideram ranking de open source

Os modelos open source de Inteligência Artificial (IA) da China estão a tomar de assalto as tabelas de classificação globais, superando as ofertas de gigantes ocidentais como a Google e a Meta. Este desenvolvimento, destacado numa plataforma da Universidade da Califórnia, em Berkeley, demonstra como o movimento de código aberto está a ajudar a China a acelerar a sua competitividade no setor.

Várias empresas chinesas, como a DeepSeek, começaram a disponibilizar os seus modelos open source desde o início do ano. Agora, os novos rankings da LMArena, uma plataforma de classificação desenvolvida por investigadores da UC Berkeley, confirmam o sucesso desta estratégia.

Segundo a LMArena, quatro dos cinco melhores modelos de IA de código aberto são chineses: o Kimi K2 (Moonshot AI) lidera a tabela e ganhou popularidade por as respostas do seu chatbot serem “bem-humoradas sem soar demasiado robóticas”; o DeepSeek R1 ficou em segundo lugar, destacou-se por ser “forte em tarefas de diálogo e raciocínio em várias etapas”; o Qwen 3 (Alibaba) ocupa o terceiro lugar pelo seu “poder de raciocínio bruto”. A série Qwen também tem sido popular noutras plataformas, como a Hugging Face; o M1 (MiniMax) ficou em quarto lugar. A empresa, uma das principais startups de IA da China, planeia avançar com uma oferta pública inicial (IPO) em Hong Kong ainda este ano.

A classificação da LMArena baseia-se num sistema de votação em que os utilizadores comparam os resultados de vários modelos lado a lado e escolhem o melhor.

Embora as ferramentas proprietárias da Google, OpenAI e xAI ainda se classifiquem à frente no ranking geral, o domínio chinês na categoria de open source é um sinal claro da sua crescente influência. O movimento de open source permite que os investigadores e programadores de todo o mundo construam e melhorem a tecnologia de forma colaborativa, acelerando a inovação a um custo mais baixo.

Este avanço chinês contrasta com a abordagem mais cautelosa de alguns gigantes ocidentais. A OpenAI, por exemplo, tinha planos para lançar um modelo de código aberto este ano, mas anunciou recentemente que o projeto foi adiado indefinidamente para mais testes.

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