A maioria das organizações reconhece o valor estratégico da inteligência artificial, mas continua a deparar-se com dificuldades técnicas e estruturais que impedem a sua implementação eficaz
A Qlik divulgou os resultados de uma pesquisa que aponta uma discrepância crescente entre o entusiasmo pelo potencial da Inteligência Artificial (IA) e a capacidade real das organizações para a colocar em prática. O estudo, realizado em abril de 2025 com 500 decisores empresariais nos Estados Unidos, revela que 87% dos inquiridos consideram a execução com IA essencial para a estratégia competitiva, mas enfrentam obstáculos significativos para o seu escalonamento. Entre os principais entraves identificados estão os custos elevados de infraestruturas, silos de dados desconectados e ingestão lenta de dados. Cerca de 74% dos entrevistados indicaram estes fatores como os maiores desafios enquanto 70% das organizações que enfrentam dificuldades na integração de dados apontam ferramentas demasiado complexas e fontes de dados fragmentadas como barreiras principais. “O caminho para a IA de produção permanece bloqueado por obstáculos persistentes – custo, complexidade e fragmentação de dados”, afirmou Mike Capone, CEO da Qlik. A pesquisa também expõe diferenças geracionais na perceção do valor e fiabilidade da IA. Enquanto 99% dos líderes entre os 25 e os 34 anos veem a automação proativa como fundamental para o sucesso, esta percentagem desce para 83% entre os executivos com mais de 55 anos. Já no que toca à confiança total nos insights gerados por IA, apenas 24% dos executivos mais velhos partilham dessa visão, face a 48% dos profissionais na faixa etária dos 35 aos 44 anos. Além da infraestrutura, a confiança nos insights orientados por IA continua a ser um ponto crítico. Embora 88% dos executivos indiquem pelo menos um nível moderado de confiança, apenas 42% demonstram confiança total nos resultados – e os cargos mais elevados mostram-se 31% mais confiantes do que os diretores, com uma diferença de 48% contra 37%. Segundo o CEO da Qlik, “as organizações reconhecem claramente que apenas investir em IA é insuficiente; o que importa agora é entregar resultados tangíveis”. Em resposta aos desafios, a Qlik apresentou este mês, durante o seu evento Qlik Connect 2025, novas funcionalidades que visam facilitar a integração e operacionalização da IA, como uma nova experiência de IA com agência e o Open Lakehouse. “Fechar a lacuna de execução da IA requer mais do que aspiração – exige soluções práticas que simplifiquem a integração de dados, garantam a governança e capacitem uma melhor tomada de decisão”, concluiu Mike Capone. |