UNESCO apela à regulamentação do uso de GenAI na educação

A UNESCO apresenta um conjunto de diretrizes para a regulamentação do uso da IA Generativa na educação, que deverá ser implementado pelos governos

UNESCO apela à regulamentação do uso de GenAI na educação

Na quinta-feira, a UNESCO publicou a sua primeira orientação sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) Generativa (GenAI) na educação, onde apela à regulamentação da sua utilização pelas agências governamentais A proteção da privacidade dos dados e o estabelecimento de um limite de idade para os utilizadores são recomendações da organização.

O chatbot ChatGPT, alimentado por IA Generativa, foi lançado pela OpenAI e apoiado pela Microsoft em novembro de 2022. A aplicação registou rapidamente o crescimento mais rápido do mundo até ao momento, levando ao surgimento de concorrência, como o Bard do Google, e suscitando o interesse dos alunos. Com poucas instruções, o ChatGPT é capaz de gerar qualquer resposta, como ensaios ou cálculos matemáticos.

“Estamos a lutar para alinhar a velocidade de transformação do sistema educacional com a velocidade da mudança no progresso tecnológico e no avanço desses modelos de machine learning”, refere Stefania Giannini, diretora-geral assistente de educação. “Em muitos casos, os governos e as escolas estão a adotar uma tecnologia radicalmente desconhecida que mesmo os principais tecnólogos afirmam não compreender”.

Num relatório de 64 páginas, a UNESCO apresenta um conjunto de diretrizes regulatórias para a utilização da GenAI no sistema educacional, destacando a necessidade de o governo sancionar currículos de IA para o ensino escolar e a formação técnica e profissional. 

“Os fornecedores de GenAI devem ser responsabilizados por garantir a adesão aos valores fundamentais e aos propósitos legais, respeitando a propriedade intelectual e defendendo práticas éticas, ao mesmo tempo que evitam a propagação da desinformação e do discurso de ódio”, afirma a UNESCO.

A organização apela ainda à prevenção da GenAI em áreas que podem privar os alunos de oportunidades de desenvolver capacidades cognitivas e sociais através de observações do mundo real e práticas empíricas. É importante que os alunos continuem a participar em discussões com outros seres humanos e a desenvolver um raciocínio lógico independente.

Para além disto, os direitos dos professores e investigadores, bem como o valor dos seus trabalhos, é também uma preocupação da UNESCO relativamente ao recurso à IA Generativa.

A Lei de IA da União Europeia deverá ser aprovada ainda este ano e a China já formulou regras sobre a Gen AI. No entanto, muitos países estão atrasados na elaboração de leis sobre esta tecnologia.

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