Estudo da Insight Enterprises revela que 64% das empresas recorrem a soluções temporárias para colmatar escassez de competências em cibersegurança nas empresas da região EMEA
Uma crise crescente de competências em cibersegurança está a obrigar 64% das organizações da Europa, Médio Oriente e África (EMEA) a recorrer a atalhos arriscados e soluções temporárias para responder às exigências de segurança. A conclusão é de um estudo recente da Insight Enterprises. No Reino Unido, o cenário é ainda mais grave: 67% das empresas reportam falta de competências, com mais de metade (56%) a classificar o impacto como “grave” ou “significativo”. A escassez é mais notória nos níveis estratégicos, com 50% a apontarem lacunas em governação, planeamento e avaliação de riscos. Apenas 24% dos decisores de IT da região EMEA afirmam ter competências internas suficientes para acompanhar a evolução das ameaças. Como consequência, 57% das empresas admitem atrasos em iniciativas críticas e dificuldades em cumprir requisitos de conformidade. Entre as principais barreiras à resolução deste problema, 68% dos líderes de IT citam o elevado custo de contratação e formação, enquanto 65% apontam a escassez de candidatos qualificados. A lacuna, porém, vai além das funções técnicas. Segundo a investigação afeta operações, liderança e conformidade, comprometendo tanto a resiliência operacional diária como o planeamento estratégico a longo prazo. Com a aceleração da transformação digital, a escassez de talento em cibersegurança está a minar a confiança das empresas na sua capacidade de inovar em segurança. Para a Insight, isto não é apenas um desafio de talento, mas uma ameaça direta ao crescimento e à resiliência empresarial. “A resposta não é simplesmente mais contratações ou mais ferramentas. O que é necessário é uma mudança fundamental: passar da defesa reativa para o design proativo”, afirma Adrian Gregory, Presidente da Insight na EMEA. O responsável sublinha que a solução passa por uma liderança estratégica, capaz de promover colaboração entre humanos e máquinas, traduzir riscos técnicos em impacto de negócio e integrar a segurança na própria estrutura da inovação. “As organizações que irão liderar na próxima era são aquelas que alinham talento estratégico com tecnologia inteligente e parcerias fiáveis. É essa combinação que constrói a resiliência necessária para crescer, adaptar-se e manter-se à frente”, conclui Gregory. |