Mais de metade das empresas europeias já recorre à IA generativa para transformar negócios

As Frontier Firms lideram esta transformação ao adotarem uma abordagem “AI-first” em tudo o que fazem. Impacto económico global da IA deverá ultrapassar os 22 biliões de dólares

Mais de metade das empresas europeias já recorre à IA generativa para transformar negócios

A Inteligência Artificial (IA) Generativa está a mudar o paradigma dos negócios um pouco por todos os setores. Prova disso é o facto de 68% das empresas a nível mundial já utilizarem esta tecnologia, como revela o estudo da IDC “What every company can learn from Frontier firms Leading the AI revolution”, encomendado pela Microsoft.

O relatório, que contou com a participação de mais de quatro mil líderes, confirma que a IA não é apenas uma ferramenta, mas um fator crítico para a competitividade e inovação.

Na região Europa, Oriente Médio e África (EMEA), mais de metade dos inquiridos (57%) já recorre à IA generativa. Ainda assim, o grande salto está na forma como esta tecnologia é aplicada. 

As Frontier Firms - organizações que adotam uma abordagem “AI-first” – lideram esta transformação e estabelecem um ritmo de futuro ao reportarem retornos três vezes superiores. 22% das organizações a nível global já são Frontier Firms, uma percentagem que desce para 18% quando falamos na região EMEA.

Mudar o paradigma do negócio com a IA: o caminho para lá chegar

Com base no estudo da IDC, a Microsoft identificou cinco estratégias chave para que as organizações de tornem Frontier Firms.

A primeira estratégia implica alargar o impacto da IA a todas as áreas de negócio. O estudo revela que, em média, as Frontier Firms utilizam IA em sete funções core do negócio; mais de 70% aplicam a tecnologia em áreas como serviço ao cliente, marketing, IT, desenvolvimento de produto e cibersegurança, aproveitando as suas capacidades para automatizar processos e detetar anomalias. Neste cenário, as Frontier Firms acabam a reportar resultados quatro vezes superiores, com ganhos significativos em diferenciação da marca, eficiência de custos, crescimento da receita e experiência do cliente.

A segunda estratégia passa por potenciar o valor específico da indústria, com as Frontier Firms a implementarem esta tecnologia em aplicações específicas do setor. 67% das empresas estão já a monetizar casos de uso de IA para aumentar a receita, nomeadamente em setores como serviços financeiros, saúde e indústria.

A terceira estratégia elencada pela Microsoft refere-se à criação de soluções de IA personalizadas para que se estabeleçam como uma vantagem competitiva. As organizações que utilizam este tipo de soluções incorporam conhecimento proprietário, tom e conformidade em cada interação. Mais de metade (58%) deste tipo de empresas já utilizam estas soluções, mas o estudo revela que 77% das Frontier Firms planeiam integrar soluções de IA personalizada já nos próximos 24 meses, o que reflete uma tendência crescente para integrações estratégicas mais profundas.

A quarta estratégia são os agentes inteligentes, considerados pela Microsoft como o novo fator diferenciador para líderes empresariais. A IDC estima que o número de empresas a utilizar agentes de IA triplicará nos próximos dois anos, com os agentes a desempenharem um papel crucial em áreas críticas como Finanças, com fornecimento de insights em tempo real, Vendas, com ajuda ao nível de leads e na criação de comunicação personalizada, e ainda Serviço ao cliente, com a criação de casos e interpretação de intenções dos clientes.

A quinta e última estratégia passa pela aposta nos orçamentos e nas equipas. Com o crescimento da IA, 71% dos inquiridos planeia aumentar os seus orçamentos nesta tecnologia, com a origem do financiamento proveniente do IT, mas não só: a IA está a deixar de ser vista como uma tecnologia isolada para se estabelecer como um pilar central da transformação empresarial. 34% das empresas inquiridas no estudo estão a adicionar novos investimentos; 245 estão a reaproveitar orçamentos de IT; e 13% estão a realocar fundos de outras áreas.

Investimento, governance e preparação

A IDC estima que o impacto económico global da IA atinja os 22,3 biliões de dólares até 2030 (cerca de 3,7% do PIB global), o que exige capacidades robustas de medição e um modelo de negócio sólido que modele custos e valor responsável.

Para alcançar o sucesso, o estudo sublinha que os primeiros passos implicam investimento, governance e preparação organizacional, apenas possível com uma infraestrutura robusta, segura e escalável para suportar iniciativas de IA.

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