“A RPA apresenta diversos desafios, não só de cariz tecnológico, mas de cariz cultural”

A adoção de soluções de Robotic Process Automation (RPA) que combinam com outras tecnologias tem impactado os processos de negócio da EDP

“A RPA apresenta diversos desafios, não só de cariz tecnológico, mas de cariz cultural”

A EDP tem vários modelos de governo implementados em função da Business Unit e a EDP Comercial tem implementado soluções de Robotic Process Automation (RPA) que combinam com outras tecnologias, como é o caso dos Chatbots. A par disto tem também participado em joint ventures com a UiPath na implementação de novos produtos disponíveis no UiPath Insider, mas que ainda não estão disponíveis para o mercado, como por exemplo Task Mining e Front End Automation.

A implementação de RPA dota os negócios de ferramentas que os permitem adaptar-se e reagir rapidamente às alterações dos mercados”, afirma Pedro Correia, RPA Specialist na EDP (na foto, à direita).

Ao mesmo tempo, a RPA permite que as operações se tornem não só mais eficazes e eficientes como mais transparentes e controladas que quando unicamente operadas por humanos. Isso resulta numa maior satisfação de quem executa essas operações, uma vez que executa atividades de maior valor acrescentado para a organização, como também uma maior qualidade das atividades repetitivas através da redução do erro introduzido pela atividade humana. Em suma, permite à organização melhorar significativamente os resultados diretos e indiretos em EBITDA.

Pedro Correia acredita que em Portugal existe uma tendência para consolidação dos modelos de governo, especialmente no que toca a adaptação da nova realidade em contexto COVID-19. Nesta nova realidade surgem desafios que por vezes se convertem em oportunidades de implementação de soluções de RPA. 

Ainda assim, vejo que em muitos clientes a implementação de RPA apresenta diversos desafios, não só de cariz tecnológico, mas de cariz cultural, e acaba por ser muitas vezes confundido com o tradicional desenvolvimento aplicacional, quando não o é. Ou seja, será natural ver as organizações a investir cada vez mais em formação dos principais stakeholders, como a Pós-Graduação em RPA da Rumos, para  que cada vez mais o RPA passe a ser perfeitamente compreendido, as barreiras atuais sejam ultrapassadas e a implementação das soluções RPA sejam cada vez mais fluídas”, refere.  

Tipicamente, a RPA é especialmente propensa de ser implementado em processos altamente repetitivos e de baixa complexidade. Por oposição, a RPA não é recomendável a processos de complexidade extrema pois a sua taxa de sucesso acaba por ficar penalizada e a duração do período de Hyper Care (momento em que a RPA é colocada em produtivo com a respetiva supervisão) traduz-se em custos que normalmente comprometem o Business Case. Ainda assim, embora sejam mais difíceis de encontrar, existem outros processos que apesar de serem mais complexos acabam por se traduzir em Business Cases extremamente interessantes, desde que sejam abordados com estratégias de implementação modular que permitam abandonar a solução quando encontrado o momento em que nos apercebemos que o Business Case não corresponde à realidade e o investimento deixa de ser viável.

Quando questionado sobre as expetativas para a área de RPA em 2021, Pedro Correia acredita que “em 2021 o foco vai continuar a ser a utilização de RPA como uma ferramenta que permite solucionar algumas situações introduzidas pela nova realidade introduzida pelo contexto COVID-19”. 

Do ponto de vista tecnológico, parece-me que vai evoluir cada vez mais no sentido de introduzir pequenas automações do tipo 'Human in the Loop' servindo cada vez mais como um assistente, disponível a qualquer utilizador. Estas soluções podem ter Business Case muitas vezes difíceis de justificar ,como a redução dos níveis de attrition ou o impacto na marca, mas que resultam num aumento generalizado na satisfação dos colaboradores e num sentimento de pertença que consequentemente se traduzem num aumento de produtividade, enquanto, simultaneamente, tornam os processos mais céleres e com menos erros”, conclui

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