Meta prepara investimento massivo em data centers para inteligência artificial

Mark Zuckerberg lidera pessoalmente a ofensiva para atrair os melhores talentos e superar a Google e a OpenAI, com o primeiro data center de escala “multigigawatt” a arrancar em 2025

Meta prepara investimento massivo em data centers para inteligência artificial

A Meta Platforms, liderada por Mark Zuckerberg, planeia investir centenas de milhares de milhões de dólares em infraestruturas de data center para Inteligência Artificial (IA), com o objetivo de inaugurar já no próximo ano o seu primeiro cluster multigigawatt.

Zuckerberg está pessoalmente a liderar a mais recente aposta da empresa no domínio da IA, após a receção aquém das expectativas do mais recente modelo de IA de código aberto da Meta. Segundo o CEO, o novo laboratório da empresa, denominado Meta Superintelligence Labs, pretende ultrapassar os concorrentes em termos de capacidade de data center e oferecer mais poder computacional por investigador do que qualquer outro.

O primeiro grande cluster de centros de dados, denominado Prometheus, está a ser construído no estado do Ohio e deverá entrar em funcionamento em 2026. Um segundo cluster, o Hyperion, localizado no estado do Louisiana, poderá escalar até cinco gigawatts nos próximos anos, posicionando-se entre os maiores do mundo.

Zuckerberg revelou ainda que estão a ser planeados “vários” outros clusters semelhantes, acrescentando que um único cluster ocuparia uma área comparável a uma parte significativa de Manhattan. Os investimentos serão financiados através do negócio principal de publicidade da Meta, que no último ano gerou receitas de quase 165 mil milhões de dólares.

Em junho, a Meta reorganizou os seus esforços em inteligência artificial com a criação do Meta Superintelligence Labs, numa tentativa clara de recuperar terreno face a concorrentes como a Google e a OpenAI.

A empresa tem apostado fortemente na contratação de talento de topo na área da IA. De acordo com declarações de Sam Altman, diretor executivo da OpenAI, a Meta terá oferecido bónus de contratação que chegam aos 100 milhões de dólares para atrair engenheiros da sua empresa.

O novo laboratório é liderado por Alexandr Wang, ex-CEO da startup Scale AI, especializada em marcação de dados para sistemas de IA. A Meta adquiriu uma participação de 49% na Scale AI em maio, num negócio avaliado em 14,3 mil milhões de dólares.

Este movimento segue a criação, em 2020, da unidade Reality Labs, que investiu mais de 60 mil milhões de dólares no desenvolvimento de headsets de realidade virtual, óculos inteligentes em parceria com a Ray-Ban e aplicações para o metaverso.

A Meta não está sozinha na corrida. As grandes tecnológicas estão a mobilizar somas avultadas para construir infraestruturas capazes de suportar a próxima geração de IA generativa, cujos requisitos em termos de computação e energia são significativamente superiores aos das tecnologias tradicionais.

As previsões mais recentes indicam que as empresas líderes deverão investir um total de 320 mil milhões de dólares em IA durante 2025, alimentando uma corrida sem precedentes no setor.

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