IA vai continuar a ser a principal prioridade de investimento no segundo semestre de 2025

Estudo aponta que 37% dos líderes financeiros começaram a parar os gastos de capital, mas os investimentos em inteligência artificial continuam a ser a principal prioridade para a segunda metade do ano

IA vai continuar a ser a principal prioridade de investimento no segundo semestre de 2025

Os CFO estão a entrar no segundo semestre de 2025 a enfrentar uma mistura de pressões de custos, mudanças de políticas e riscos geopolíticos, resultando em 37% dos líderes financeiros já a suspender alguns gastos de capital, de acordo com um estudo da Gartner.

Este inquérito aos líderes financeiros mostra uma quase ausência de aumentos planeados nas despesas de capital no segundo semestre de 2025”, referiu Alexander Bant, Chief of Research no Gartner Finance practire. “Isto sublinha uma abordagem conservadora em relação ao cenário económico e político incerto que as organizações enfrentam atualmente”.

Um inquérito durante um webinar da Gartner a 197 líderes financeiros, realizado a meio de junho de 2025, revelou uma forte inclinação para a cautela e uma vontade de interromper ou retirar a prioridade dos gastos de capital. 3% dos inquiridos referem interromper ou retirar a prioridade de mais de 25% dos gastos de capital para 2025.

Os líderes financeiros estão a intensificar o controlo sobre as despesas de capital até terem clareza sobre a inflação e os riscos federais, de política fiscal e geopolíticos”, explicou Bant. “Desde que estes dados foram recolhidos, os EUA aprovaram o seu orçamento de despesas e impostos, dando aos líderes financeiros clareza sobre os calendários de depreciação, despesas de I&D e outras alterações políticas relacionadas, para que possam prever melhor as despesas de capital. Alguns líderes financeiros podem migrar para mais despesas de capital, mas as taxas de juro, a inflação e a política comercial ainda geram muita incerteza no momento atual”. Além disso, 67% dos líderes financeiros estão atualmente a cortar custos com mais expectativa, concluíram os cortes ou planeiam cortar na segunda metade do ano.

É interessante notar que o maior segmento – 33% dos inquiridos – indica que está ‘simultaneamente a cortar custos em algumas áreas e a investir noutras, com uma redução líquida geral dos custos’”, afirmou Bant. “As empresas sabem que chegou a altura de fazer as mudanças certas na sua estrutura de custos para vencer a corrida da inteligência artificial que se está a intensificar. A pressão económica está a criar uma oportunidade para adotar a mentalidade de que ‘nada é sagrado’ e fazer uma realocação ousada para investimentos em crescimento e compras de tecnologia que preparem a organização para um futuro de inteligência artificial”.

Os cortes parecem estar direcionados para software com baixo ROI, viagens não essenciais e contratados externos, enquanto protegem os investimentos em automação interna, cibersegurança e modernização do sistema financeiro.

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