Empresas Future Ready têm mais maturidade das operações de negócio

A transformação digital e os novos paradigmas de negócio podem desbloquear até 5,4 mil milhões de dólares de crescimento nas receitas

Empresas Future Ready têm mais maturidade das operações de negócio

Um novo estudo da Accenture - Fast Track to Future-Ready Performance - analisou o impacto de níveis progressivos de maturidade das operações de negócio, e classificou o estágio mais elevado como Future-Ready. Através do testemunho de 1.100 executivos a nível mundial, em 11 países e 13 setores de atividade, o relatório chega à conclusão que quanto maior a maturidade, maior o grau de recursos digitais, como inteligência artificial (IA), cloud e data analytics. 

Apesar da atual incerteza económica, o relatório conclui que a transição digital e os novos modelos operacionais podem desbloquear até 5,4 mil milhões de dólares de crescimento nas receitas. Manish Sharma, group chief executive of Accenture Operations revela que a “incerteza também valorizou novas formas de trabalhar, reforçando a ideia de que os modelos de operações adequados podem ser catalisadores para a obtenção de vantagens competitivas, valor transformacional e crescimento”, contudo, “esta é uma realidade que só funciona se as organizações transformarem realmente a forma como o trabalho é feito, através da integração de tecnologia, processos e pessoas”.

As organizações Future-ready apostaram na transformação digital e reformularam os modelos operacionais, passando de melhorias estruturais graduais para uma reinvenção total. Dessa forma, cerca de 7% das empresas inquiridas alcançaram quase o dobro da eficiência e três vezes mais rentabilidade que os seus concorrentes. O relatório conclui que essas organizações alcançam ganhos médios de eficiência de 13,1% e aumentam a sua rentabilidade em 6,4%, concentrando esforços em cinco áreas. 

Num primeiro plano, nove em cada dez dessas organizações - 90% - recorrem a infraestruturas na cloud em escala, em relação a 76% de outras empresas. 

Já para aumentar a capacidade dos colaboradores com os recursos tecnológicos, 71% das “prontas para o futuro” adotaram soluções de IA e data science na totalidade, um valor 18 vezes superior aos 4% registados há três anos. Em comparação com 3% de outras organizações, 38% das Future-Ready estão as aumentar agora as suas práticas de IA, sendo que é de esperar que 63% escalem as práticas até 2023.

Por outro lado, dois terços - 67% - das Future-Ready adotaram processos digitais end-to-end e 58% continuam a escalar a automatização das principais tarefas, em comparação com 32% e 6%, respetivamente, de outras organizações. Espera-se que 82% destas organizações automatizem as principais práticas em escala até 2023. 

Este tipo de organizações têm cerca de dez vezes mais probabilidade do que outras organizações - 52% contra 5% - de usar analytics em escala, combinando dados melhores e mais diversificados - 45% contra 6% - para gerar uma visão mais prática e sustentar a tomada de decisões. Espera-se que três quartos - 75% - usem analytics com dados diversos até 2023. 

Por fim, um terço - 34% - das Future-Ready adotaram uma estratégia de força de trabalho ágil, em comparação com apenas 4% de outras organizações, o que lhes permitiu explorar um conjunto de talentos expandido entre os vários Parceiros, de modo a mobilizar talentos especializados. A Accenture estima que 71% destas organizações vão adotar uma estratégia de força de trabalho ágil também até 2023. Carla Baltazar, Managing Director da Accenture Portugal, responsável pela área de Operations acrescenta ainda que “as organizações Future-Ready sabem que é crucial maximizar o talento numa era em que as pessoas são cada vez mais críticas para atingir o sucesso”.

Além disso, 83% das organizações relataram que nos últimos três anos assistiram a melhorias na velocidade de inovação de produtos e serviços, no envolvimento e retenção de colaboradores - 80%, na experiência do cliente - 75%, do valor comercial gerado a partir de dados - 73%, e combinação de talento dos colaboradores e esforços de requalificação - 68%. Baltazar salienta ainda que “estas organizações estão a aproveitar a mudança e a reformular os seus modelos operacionais de forma a capitalizar a criatividade humana e a machine intelligence para transformar a forma como as pessoas trabalham e o desempenho dos negócios”.

Todavia, as organizações estão em diferentes níveis de maturidade operacional nas várias indústrias. Os resultados indicam que a percentagem de organizações Future Ready nas indústrias de seguros - 10% - e tecnologia - 9% - é geralmente maior do que em outros setores de atividade. No entanto, com a pandemia a forçar a transformação digital, a Accenture prevê que algumas indústrias possam chegar a Future-Ready até 2023, como a indústria automóvel - 48%), os seguros - 42% e a banca - 37%.

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