Predictions 2022: aumentar a velocidade da inovação

Se 2020 foi um ano totalmente atípico, 2021 foi o ano do recomeço, mas ainda com constrangimentos que, mesmo tendo sido em menor escala, não deixaram de impactar o que foi o ano que agora termina. Ano novo, vida nova. Que comece 2022

Predictions 2022: aumentar a velocidade da inovação

Os últimos dois anos foram atípicos para tudo aquilo que a tecnologia moderna assistiu. Depois de uma pandemia que parou os negócios em 2020, 2021 começou, lentamente, a recuperar.

Por outro lado, o mercado de IT não parou. As jornadas de transformação digital continuaram a ter lugar um pouco por todas as organizações. Voltar ao escritório a tempo inteiro ou trabalhar em formatos híbridos é, agora, uma das principais questões à qual as organizações se estão a adaptar.

Se, até 2020, algumas empresas não tinham começado a sua jornada de transformação digital, no final de 2021 é difícil encontrar alguma organização que não o tenha verdadeiramente começado e que não tire, de um modo ou de outro, partido daquilo que as várias tecnologias têm ao seu dispor. E, depois de feito o investimento de emergência, agora é altura de arrumar a casa e aproveitar ao máximo a tecnologia.

Como é hábito, a IDC preparou as suas dez previsões para os próximos anos, onde explica quais as tecnologias que vão aparecer ou crescer em termos de importância. Essas previsões são materializadas no FutureScape.

Infraestrutura digital, sustentabilidade e autenticação multifator fazem parte das dez previsões da IDC para a indústria mundial de IT e para as quais quais os CIO devem ter especial atenção. Mas mais do que apenas prever o que vai acontecer em 2022, a IDC cria um roadmap das tendências dos próximos anos.

No fim, como sempre, cabe às organizações precaverem-se de todas as eventualidades que vão ocorrer nos próximos anos – previstas ou não. Neste artigo, a IT Insight voltou a aliar-se à IDC para apresentar as dez previsões mundiais do FutureScape Worldwide CIO Agenda, às quais se juntaram nomes do mercado nacional para partilhar a sua visão de como estes pontos vão afetar o seu negócio ou indústria.

IDC FutureScape WorldWide CIO Agenda 2022

  1. Ciclo Virtuoso: Até 2026, 65% dos CIO vão manter um ciclo de capacitação, agilidade e resiliência com base na tecnologia, através do governance colaborativo, novos modelos de entrega de serviços e orientação dos resultados de negócio.
  2. Foco nos resultados: Até 2023, 60% dos CIO vão ser maioritariamente avaliados pela sua capacidade de cocriar novos modelos de negócio e alcançar resultados através de altos níveis de colaboração empresarial e ao longo do ecossistema.
  3. Dívida tecnológica: Até 2025, 75% dos CIO e CFO serão forçados a acelerar ou a implementar práticas formais de gestão da dívida tecnológica devido ao atraso de projetos ou falhas causadas por dívidas tecnológicas por resolver.
  4. Capacitação dos utilizadores: Dada a crescente necessidade de espaços de trabalho inteligentes e híbridos, até 2024, 60% dos CIO irão reimaginar o apoio aos utilizadores e criar equipas com base em centros de excelência para guiar os investimentos necessários em tecnologia e processos.
  5. Gestão dos dados: Até 2026, 85% das organizações cujas políticas de dados inibem as suas estratégias operacionais e de negócio irão capacitar os seus CIO para liderar os investimentos em governance, qualidade e compliance de dados em toda a organização.
  6. Infraestrutura digital: Até 2024, 40% dos CIO não vão conseguir capacitar o IT para implementar infraestruturas digitais modernas, oferecer uma governance unificada da tecnologia e suportar resultados de negócio potenciados pela infraestrutura.
  7. Custos diretos: Pressionadas pelos investidores para minimizar as despesas SG&A, até 2024, 40% das organizações irão redirecionar pelo menos 25% dos gastos de IT para custos diretos associados a produtos e serviços de Line of Business específicos.
  8. Autenticação Multifator: Apesar dos custos e resistência, até 2022, 60% dos CIO vão adotar autenticação multifator em todo o ecossistema, devido à sua eficácia como medida mínima essencial para reduzir as crescentes ameaças de cibersegurança.
  9. Ecossistemas: Até 2025, 60% dos CIO vão colaborar para tomar partido das capacidades dos ecossistemas industriais enquanto fonte essencial de inovação, partilha de dados, diferenciação e gestão dos riscos de cibersegurança.
  10. Sustentabilidade: Até 2023%, 55% dos CIO de empresas G2000 ver-se-ão forçados a implementar IT sustentável, integrando práticas ambientais, sociais e de governance no seu ciclo de vida tecnológico, desde a aquisição até ao descarte.

 

1. Até 2026, 65% dos CIO vão manter um ciclo de capacitação, agilidade e resiliência com base na tecnologia, através do governance colaborativo, novos modelos de entrega de serviços e orientação dos resultados de negócio

Impacto no IT

  • As infraestruturas e serviços digitais serão fundamentais para o sucesso do negócio, com pouca margem de erro;
  • Líderes de IT e Line of Business terão de adotar novas abordagens de governance descentralizadas para capacitar equipas e colaboradores individuais, ao mesmo tempo que mantêm o alinhamento entre o IT e o negócio;
  • Os CIO terão de adotar estratégias adaptativas de planeamento com os seus pares de Line of Business para alinhar e coordenar a construção de resiliência, o desenvolvimento colaborativo e ágil de capacidades digitais e os espaços de trabalho inteligentes.

Estratégia

  • Desenvolver uma forte colaboração com parceiros empresariais e de ecossistema para garantir o acesso necessário a talento e tecnologias;
  • Potenciar as capacidades do IT em inteligência artificial, machine learning, worker augmentation, governance distribuída e design de espaços de trabalho digitais;
  • Criar canais de comunicação multidirecional rápidos e eficazes de forma a garantir que todos os colaboradores e stakeholders estão a trabalhar sobre informação consistente e atualizada.

"Ao migrarem plataformas de negócio para a cloud, muitos CIO estão a alterar de forma fundamental a natureza do próprio trabalho. Preocupações que existiam a nível de manutenção de infraestruturas não desaparecem: evoluem para cenários mais complexos, envolvendo múltiplas clouds e dispositivos dispersos por uma imensidão geográfica. O CIO, à medida que o negócio se torna não somente mais digital, mas conduzido por "insights" baseados em IA, assumirá um papel de eixo organizacional, que vai muito para além de responsável pelas infraestruturas e aplicações de IT. Sim, "information" é a segunda palavra em CIO, mas no que realmente importa para a sua atividade, é a primeira." - Henrique Carreiro, Diretor, IT Insight

2. Até 2023, 60% dos CIO vão ser maioritariamente avaliados pela sua capacidade de cocriar novos modelos de negócio e alcançar resultados através de altos níveis de colaboração empresarial e ao longo do ecossistema

Impacto no IT

  • Os CIO terão de adquirir um conhecimento aprofundado de modelos de negócio antigos, novos e emergentes, que sejam potenciados por tecnologia, e estar alerta para novas tecnologias com o potencial de alterar estes modelos de negócio radicalmente;
  • Será necessária uma colaboração multifacetada que beneficia todas as partes envolvidas de forma a promover o engagement, partilha de dados e participação;
  • Plataformas digitais abertas para a colaboração, partilha de conhecimentos, desenvolvimento de aplicações e testes serão um percursor essencial de ecossistemas de parceria extensos.

Estratégia

  • Estudar modelos de negócio digitais em diferentes indústrias para identificar oportunidades e usar práticas de design thinking para a cocriação de novos modelos para a empresa;
  • Criar frameworks para identificar talento, tecnologias, dados e serviços digitais necessários para as iniciativas digitais do negócio;
  • Criar linhas orientadoras, políticas e frameworks para garantir a partilha eficaz e segura de informação, protegendo a privacidade de dados e, quando necessário, a propriedade intelectual.

"É importante que haja business-drive IT, onde o foco deverá estar a nível do produto e não do projeto. Esta mudança não pode iniciar e terminar a nível do IT, pois é uma mudança de mentalidade que terá de envolver todas as direções, onde haja a verdadeira consciencialização que a mudança não é um 'nice', mas sim um 'must have'. Se assim não for, estaremos muito longe de garantir o sucesso, dado que, assim, estão garantidas as condições para o falhanço, que, como sabemos, nos dias de correm, quando mais nos dias futuros, com o efeito cada vez mais forte da globalização, failure is no longer an option." - Sérgio Martinho, CIO, Lusitania Seguros

3. Até 2025, 75% dos CIO e CFO serão forçados a acelerar ou a implementar práticas formais de gestão da dívida tecnológica devido ao atraso de projetos ou falhas causadas por dívidas tecnológicas por resolver

Impacto no IT

  • Os CIO terão de avaliar a necessidade de repensar ou substituir sistemas como resultado de aplicações, infraestruturas e serviços implementados de forma apressada em situações de crise;
  • Decidir entre investir em novas capacidades digitais necessárias versus reconstruir sistemas inadequados, mas funcionais, será difícil, mas necessário;
  • Alguns executivos de Line of Business farão objeções ao desvio de investimentos, que, de outra forma, estariam destinados a novas iniciativas digitais, de forma a endereçar dívidas tecnológicas.

Estratégia

  • Criar um framework sistemático de avaliação de risco para determinar a importância, impacto financeiro, deficiências e custo de remediação, de forma garantir uma avaliação consistente e objetiva da dívida tecnológica;
  • Discutir compromissos entre investir continuamente em novas capacidades digitais versus retificar aplicações deficientes, mas críticas;
  • Integrar a correção da dívida tecnológica com os esforços de modernização de plataformas de forma a aproveitar melhor os recursos de IT.

"A tecnologia clarificou nos últimos tempos o seu destaque no mundo e as empresas estão a investir em contraciclo com os tempos difíceis, mas a pressão imposta por esta inversão retirou a margem para eliminar sistemas legacy e assegurar que novas implementações são construídas com os cuidados, resiliência e cibersegurança desejadas. Esta acumulação de divida técnica é crescente e critica. A sua gestão formal e estratégica rumo à amortização, é crucial para a transformação digital das empresas, evitando atrasos e falhas nos próximos objetivos cada vez mais exigentes." - Sérgio Trindade, IT Director & Digital Transformation, EPAL

4. Dada a crescente necessidade de espaços de trabalho inteligentes e híbridos, até 2024, 60% dos CIO irão reimaginar o apoio aos utilizadores e criar equipas com base em centros de excelência para guiar os investimentos necessários em tecnologia e processos

Impacto no IT

  • Será essencial uma forte colaboração entre CIO, recursos humanos, executivos de Line of Business e especialistas de workplace design para criar espaços de trabalho produtivos, eficientes e envolventes;
  • Novas necessidades de reporting externo, criadas por gastos significativos na capacitação dos colaboradores, irão requerer que os investimentos sejam associados a esforços de capacitação específicos;
  • Os CIO terão de prestar especial atenção a questões levantadas pela worker augmentation, potencial substituição pela automação e iniciativas de diversidade e inclusão.

Estratégia

  • Identificar a diversidade e tipos de espaços de trabalho existentes em toda a empresa, e ‘desconstruir’ cada um em ferramentas e processos constituintes;
  • Criar espaços de trabalho “base” que contenham capacidades necessitadas por todos os colaboradores e gestores e, subsequentemente, adicionar capacidades que digam respeito a funções e tarefas específicas, acomodando objetivos de diversidade e inclusão;
  • Trabalhar com os executivos de recursos humanos e Line of Business para desenvolver abordagens programáticas à introdução de espaços de trabalho inteligentes e, simultaneamente, endereçar as preocupações e resistências dos colaboradores.

"2022 será um ano de aceleração de iniciativas relacionadas com exploração, análise e obtenção de insights, envolvendo cada vez mais os trabalhadores no processo de tomada de decisão e num modelo de trabalho distribuído. É, portanto, fundamental que as pessoas tenham acesso e consigam trabalhar sobre todo este potencial de informação. A criação de pólos de conhecimento, muitas vezes apelidados de centros de excelência, são a concretização de uma tendência que permite a orquestração de equipas multidisciplinares que ambicionam um objetivo comum - organizações mais ágeis, a todos os níveis." - Francisco Teixeira, Partner Tech Manager, Microsoft Portugal

5. Até 2026, 85% das organizações cujas políticas de dados inibem as suas estratégias operacionais e de negócio irão capacitar os seus CIO para liderar os investimentos em governance, qualidade e compliance de dados em toda a organização

Impacto no IT

  • Os departamentos de IT serão levados ao limite de forma a oferecer o apoio necessário para impulsionar os esforços de gestão e capacitação de dados para remediar a cultura e gestão de dados – e não apenas os dados;
  • A recolha e partilha de dados anteriormente ‘ocultos’ irá gerar preocupações e considerações relativas à privacidade, propriedade e uso;
  • CIO e executivos de Line of Business terão de criar uma cultura data-centric, que compreenda e aprecie o valor dos dados para o negócio e garanta uma responsabilidade adequada.

Estratégia

  • Criar padrões e processos de “auditoria de dados” de forma a garantir metodologias consistentes para avaliar a precisão, qualidade, compliance e valor dos dados empresariais e do ecossistema;
  • Priorizar dados com base no seu valor para o negócio e desenvolver processos repetíveis para avaliar e remediar problemas de qualidade, consistência, compliance, entre outros;
  • Criar centros de excelência para suportar divisões de Line of Business nos seus esforços de gestão e qualidade de dados para expandir as capacidades de IT.

"Os dados são, hoje, o ativo digital mais importante que as organizações possuem, como tal, o sucesso de implementação de uma estratégia de dados terá uma influência determinante no futuro das mesmas. E, qualquer estratégia que não contemple a governação dos dados, estará no futuro condenada ao fracasso. Reconhecido pela maioria das organizações, principalmente na UE (pelas exigências regulamentares em matéria de dados), será certamente um dos focos de investimento nos próximos anos, em conjunto com o investimento na melhoria da qualidade dos dados. O CIO, pela sua visão integrada e centrada dos dados da organização, terá seguramente um papel decisivo nesta jornada." - Marco Navega, Diretor de IT, Zurich Portugal

6. Até 2024, 40% dos CIO não vão conseguir capacitar o IT para implementar infraestruturas digitais modernas, oferecer uma governance unificada da tecnologia e suportar resultados de negócio potenciados pela infraestrutura

Impacto no IT

  • Os CIO não poderão falhar na entrega e constante evolução dos serviços de IT, infraestrutura digital, produtos e serviços;
  • O conhecimento do negócio e dos seus clientes, mercados e oportunidades de negócio digital, juntamente com a capacidade de conceber e impulsionar a transformação digital, é imperativo para o sucesso de um CIO;
  • Os CIO terão de abandonar o pensamento e práticas legacy que limitem a inovação e sucesso na nova era.

Estratégia

  • Conduzir uma avaliação minuciosa e objetiva da maturidade digital do IT, identificando fraquezas e oportunidades de mudança transformativa;
  • Criar uma visão para as futuras fases da evolução digital do IT e do negócio, tomando partido de tendências emergentes de negócio e tecnologia sem perder a noção da realidade atual da empresa;
  • Aumentar a sua influência e alcance sem diminuir o papel dos seus pares, ao tomar partido do seu conhecimento, experiência e qualificações únicas para se focar em oportunidades de negócio digital ‘blue ocean’.

"A jornada de reinvenção está apenas no início e a necessidade de liderar num futuro incerto é um desafio que exigirá um novo tipo de liderança e resposta a capacidade de gerir em constante mudança. 2020 demonstrou que muitas empresas ainda não têm uma base sólida e que é necessário construir riqueza técnica, estabelecendo um caminho claro para se afastarem de sistemas legados e desenvolver uma abordagem adaptável e reutilizável para a tecnologia, reimaginando a abordagem para o desenvolvimento de aplicações de forma a aproveitar as vantagens dos recursos da cloud e da flexibilidade que estes proporcionam, a par com a exploração de um ecossistema de parcerias coordenadas e estratégicas que permitirão às empresas estar mais capacitadas para lidar com as disrupções e criar novas interações ou formas de abordar um mercado." - Vanda Gonçalves, Managing Director, responsável pela área de Cloud, Accenture Portugal

7. Pressionadas pelos investidores para minimizar as depesas SG&A, até 2024, 40% das organizações irão redirecionar pelo menos 25% dos gastos de IT para custos diretos associados a produtos e serviços de line of business específicos

Impacto no IT

  • Especialistas financeiros de IT terão de adotar e usar contabilidade com base em custos ou práticas e ferramentas semelhantes de forma a capturar e atribuir custos com precisão;
  • Os CIO terão de vender os benefícios de alinhar os custos com o consumo baseado em serviços e produtos junto de executivos Line of Business que veem aumentos significativos nas suas despesas de IT;
  • Iniciativas de produtos e serviços terão de ser autossustentáveis para alcançar rentabilidade e impacto no negócio.

Estratégia

  • Criar modelos de previsão do impacto causado pela transição das despesas gerais para os gastos associados com produtos;
  • Usar uma abordagem iterativa; começar em pontos fáceis e depois escalar;
  • Garantir que as mudanças de modelo de negócio de IT não impactam negativamente o financiamento essencial das infraestruturas, segurança e operações.

"Com as organizações cada vez mais conscientes da necessidade de efetuar investimentos IT para acelerar os seus processos de digitalização e em simultâneo a necessidade de ter um efetivo retorno dos custos envolvidos (ROI), colocam-se desafios de identificar e priorizar os projetos com maior impacto e de que forma o retorno destes investimentos poderão ser quantificáveis no resultado final do produto ou serviço comercializado. Será uma tendência a transferência dos habituais custos “comuns” de estrutura IT para modelos de custeio diretamente incorporados no desenvolvimento do bem ou serviço.” - António Monteiro, Head of IT & Innovation, Grupo Brodheim

8. Apesar dos custos e resistência, até 2022, 60% dos CIO vão adotar autenticação multifator em todo o ecossistema, devido à sua eficácia como medida mínima essencial para reduzir as crescentes ameaças de cibersegurança

Impacto no IT

  • Os CIO terão de ultrapassar a resistência dos colaboradores, parceiros de ecossistema e alguns clientes que tenham de lidar com processos de autenticação mais inconvenientes;
  • A confiança na MFA pode levar ao relaxamento e falta de investimento noutras formas de proteção;
  • Os CIO terão de encontrar formas de tornar a MFA mais eficiente e tolerável de forma a evitar impactos negativos na produtividade e satisfação com o IT.

Estratégia

  • Identificar e quantificar os benefícios de cibersegurança da MFA relativamente a abordagens alternativas;
  • Identificar e listar sistemas e dados críticos dentro da empresa e ecossistema nos quais a MFA deve ser aplicada;
  • Tornar a MFA o mais eficiente e consistente possível e prestar atenção a queixas e preocupações.

"A identidade tornou-se o novo perímetro de defesa e a forma como garantimos que uma identidade é quem realmente diz ser, como se autêntica, um aspeto fundamental para a segurança individual, das organizações e da nossa sociedade. Neste domínio a autenticação multifactor é uma solução incontornável para os objetivos da segurança. Os mitos do seu custo, que se deve restringir aos utilizadores privilegiados ou que provoca má experiência de utilização, já não têm razão de ser. Os grupos criminosos são organizações com racional económico que suportam as suas ações. A autenticação multifactor é uma arma para destruir o ROI (Return of Investement) dos atacantes." - Paulo Moniz, Digital Global Unit Security & IT Risk, EDP

9. Até 2025, 60% dos CIO vão colaborar para tomar partido das capacidades dos ecossistemas industriais enquanto fonte essencial de inovação, partilha de dados, diferenciação e gestão dos riscos de cibersegurança

Impacto no IT

  • Os CIO terão de adotar uma visão mais holística do IT que inclua organizações Line of Business e parceiros de ecossistema e deixar, definitivamente, no passado as preocupações com shadow IT;
  • A confiança tornar-se-á crítica à medida que a partilha de IP e dados sensíveis se torna mais prevalente;
  • Os CIO precisam de desenvolver a capacidade de orquestrar numerosos e diversos parceiros de forma a ultrapassar obstáculos e alcançar objetivos.

Estratégia

  • Selecionar parceiros cuidadosamente, com base não só nas suas capacidades e recursos, como também na sua capacidade de trabalhar colaborativamente em iniciativas partilhadas; identificar parceiros e soluções de contingência para iniciativas críticas;
  • Dominar temas de arquitetura, segurança e orquestração de ecossistemas e tratálos como uma oportunidade de criar produtos e serviços inovadores e como uma plataforma de aprendizagem;
  • Criar esquemas de compensação multidirecional assente na performance ou valor de negócio dos parceiros de infraestrutura.

"As organizações vão ter de continuar a adaptar-se à nova realidade em que vivemos e adotar, cada vez mais, modelos de arquitetura MASA (Mesh Apps and Services Architecture). O contexto de escassez de profissionais, obriga a dotar as equipas de IT das organizações com tecnologia que garanta a continuidade de negócio mesmo quando a rotatividade de recursos humanos ocorrer e não depender do know-how de quem desenhou, implementou e/ou geriu a solução. A melhor forma de o atingir passa por utilizar tecnologia fiável, que incorpore automação, de fácil de utilização e com um roadmap de evolução contínua." - Nelson Pereira, CTO, Noesis

10. Até 2023, 55% dos CIO de empresas G2000 ver-se-ão forçados a implementar IT sustentável, integrando práticas ambientais, sociais e de governance no seu ciclo de vida tecnológico, desde a aquisição até ao descarte

Impacto no IT

  • Os CIO terão de desenvolver os seus conhecimentos de sustentabilidade e aprender as melhores práticas de IT sustentável com pares exemplares;
  • Os gestores e colaboradores de IT terão de estar completamente envolvidos em práticas de sustentabilidade e aprender a integrá-las no seu dia a dia de trabalho;
  • Os CIO terão de desviar recursos de outras iniciativas de IT para organizar e executar iniciativas de sustentabilidade.

Estratégia

  • Estudar práticas de IT sustentável entre pares e outras organizações para identificar aquelas com maior impacto e relevância para a divisão de IT;
  • Adotar uma abordagem à sustentabilidade que considere todo o ecossistema e desenvolver um plano e roadmap priorizados para alcançar níveis sucessivos de sustentabilidade, acompanhar e comunicar progresso e manter os esforços e investimentos bem encaminhados;
  • Construir ferramentas para avaliar potenciais parceiros segundo as suas práticas de sustentabilidade, de forma a garantir a compatibilidade com os objetivos de sustentabilidade da empresa.

"No nosso mundo cada vez mais digital, o setor dos Data Centers está a registar um rápido crescimento para suportar a sua transformação. Para fazer frente ao aumento da largura de banda digital e da procura por eletricidade do setor de TI, a indústria exige uma abordagem holística e padronizada à sustentabilidade ambiental. Os operadores de Data Centers estão a assumir compromissos de sustentabilidade como parte dos seus programas ambientais, sociais e de governance. A escolha de métricas padronizadas para reportar a sustentabilidade será a chave para resolver esses desafios." - Victor Moure, Country Manager, Schneider Electric Portugal

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