Trabalho flexível traça rumo do futuro do trabalho

Dados de novo estudo para o Fórum Económico Mundial apontam que 64% dos trabalhadores dizem ser mais produtivos com um horário de trabalho flexível e descartam previsão de esgotamento digital

Trabalho flexível traça rumo do futuro do trabalho

Ao longo do último ano tem sido vasta a discussão acerca dos novos moldes de trabalho. Haverá um retorno ao escritório? O trabalho remoto veio para ficar? Poderão as empresas criar um terceiro espaço de trabalho? O novo estudo da Ipsos para o World Economic Forum, conclui que a única certeza é a procura pela flexibilidade, com 66% dos inquiridos a afirmar que os empregadores devem permitir um trabalho flexível no futuro. Da mesma forma, quase um terço - 30% - consideram mudar de emprego se forem obrigados a voltar ao escritório. 

A pesquisa desafia ainda uma série de previsões dos efeitos do trabalho remoto. Apesar dos especialistas terem vindo a falar em falta de relacionamento interpessoal, diminuição da produtividade e exaustão, através do testemunho de 12.500 trabalhadores em 29 países por todo o mundo, a investigação chegou à conclusão de que uma minoria dos colaboradores sente essas tendências. Um pouco mais de metade diz sentir saudades dos colegas, 64% diz ser mais produtivo com um horário de trabalho flexível, apenas um terço falou de burnout e outro terço desconectado do trabalho ao trabalhar remotamente.

Demograficamente, a flexibilidade laboral é maioritariamente apoiada por mulheres, pais de crianças em idade escolar, adultos com idades inferiores a 35 anos e pessoas mais qualificadas e com salários mais altos. Mas a demanda por flexibilidade é semelhante entre trabalhadores com crianças com menos de 17 anos - 68% - e aqueles sem crianças - 63%.

Antes da pandemia, 24% dos trabalhadores a nível global trabalhava maioritariamente a partir de casa. Hoje, o número chegou aos 39%, com 22% nem a trabalhar em casa nem no escritório. Três quartos dos inquiridos - 76% - está a trabalhar a partir de casa como consequência da Covid-19. O estudo indica ainda que antes da pandemia, 63% dos colaboradores trabalhavam no escritório e no momento em que os inquéritos decorreram (21 de maio – 4 de junho de 2021) o número seria apenas 39%.

Embora a maior parte dos inquiridos queira manter os moldes de trabalho trazidos pela pandemia, muitos dizem ser inevitável um retorno ao escritório, sendo que 27% acredita que o deverão fazer nos próximos seis meses e 24% no próximo ano. Um quarto das pessoas assegura querer voltar ao escritório a full-time assim que a pandemia terminar (tendência mais acentuada no México – 40%). Por outro lado, aqueles a favor do trabalho híbrido fala num retorno parcial ao espaço físico de, em média, 2.5 dias por semana. 

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