94% dos colaboradores valorizam empresas que investem na sua formação

O novo Salesforce Digital Skills Index afirma que 76% dos colaboradores a nível global não estão capacitados para o futuro do trabalho e que quase a sua totalidade ficaria mais tempo nas empresas se investissem no seu desenvolvimento

94% dos colaboradores valorizam empresas que investem na sua formação

Quase a totalidade dos profissionais (94%) valoriza a formação que é dada pelas entidades patronais e ficaria mais tempo nas empresas se investissem no seu desenvolvimento. Os dados são do novo Salesforce 2022 Global Digital Skills Index, que fez uma análise a novos estilos de formação de competências digitais e novas perspetivas sobre a forma como os profissionais podem fazer o upskilling para se prepararem para o futuro. 

O movimento conhecido pela ‘Great Resignation’ tem afetado todas as indústrias e setores, resultando num défice de empregabilidade global de 92 milhões de profissionais apenas em 2021. Como resultado, a procurar por profissionais com competências digitais nunca foi tão grande. Embora haja esta procura, o relatório da Salesforce identifica que as competências digitais utilizadas todos os dias estão a atrasar, com três em cada quatro pessoas a nível global a acreditarem que não têm recursos para aprenderem as competências digitais que necessitam para terem sucesso.

A Salesforce foi analisar mais profundamente os dados do 2022 Global Digital Skills Index, extraindo seis perfis de aprendizagem de competências digitais, que podem ser organizadas em três categorias – Future Learners, proativos na procura das competências de hoje; Face-Value Learners, confortáveis com as competências de hoje e Familiar Learners, que se sentem preparados para se adaptarem às mudanças de hoje e no futuro.

Por outro lado, os dados notam que 82% dos inquiridos do Digital Skills Index têm planos de upskilling. Os perfis de aprendizagem ajudam os profissionais a autoidentificarem a sua preparação para aprenderem novas competências digitais, e fornecem recomendações de próximos passos para a evoluções da aprendizagem. Nesse sentido, a Salesforce refere que as empresas ganham a oportunidade de ficarem a conhecer melhor as suas equipas e repensar os programas de desenvolvimento e treino de uma forma que vá ao encontro das necessidades dos colaboradores.

Mais especificamente, os Future Learners, que são proativos na procura das competências de hoje, sentem-se preparados para se adaptarem às mudanças e estão confiantes quanto à capacidade de se manterem atualizados, indica o relatório. Este grupo aprender melhor de forma visual, com atividades práticas, e têm melhores hipóteses de sucesso ao participarem proativamente no avanço das suas competências digitais.

Embora os Future Learners se sintam mais preparados e confiantes para evoluírem em âmbito profissional, estes colaboradores querem sentir-se desafiados, com 94% a dizer que ficaria mais tempo na empresa se esta investisse no seu desenvolvimento. Dar mais poder aos colaboradores, com os recursos que necessitam para estarem mais preparados para as mudanças tecnológicas ajuda-os a construírem as suas carreiras. Este posicionamento pode levar à criação de novas oportunidades de negócio, dando uso às novas competências digitais aprendidas.

Já os Face-Value Learners, sentem-se preparados com as competências digitais de hoje e estão confortáveis nos atuais ambientes de trabalho. Nos escritórios, são as mulheres que representam a maioria destes perfis (55% a 58%), comparando com outros perfis de aprendizagem. O Digital Skills Index indica que as tecnologias de colaboração são as que os profissionais mais evoluíram, mas apenas 25% afirma ser ‘Avançado’ nessas competências. Na geração Z, são poucos os que se dizem preparados e com nível ‘Avançado’ em tecnologia como Código (20%), encriptação e cibersegurança (18%) e IA (7%), embora reconheçam a sua importância.

Finalmente, os Familiar Learners, que se sentem preparados para se adaptarem às mudanças de hoje e no futuro, operam a um nível de principiante no espaço de trabalho digital e não desenvolvem de forma ativa as competências atuais ou do futuro. A grande maioria são mulheres (61%-64%)

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