2025 traz mais ameaças, novos desafios e maior investimento para a cibersegurança

A cibersegurança já não é apenas uma necessidade – é uma corrida contra ameaças cada vez mais sofisticadas. 2025 é um ano decisivo: as empresas terão de investir mais em proteção, Inteligência Artificial e estratégias Zero Trust para enfrentar um panorama digital cada vez mais complexo

2025 traz mais ameaças, novos desafios e maior investimento para a cibersegurança

Atualmente, a cibersegurança é um tema incontornável e, no futuro, a sua importância continuará a crescer, assim como os investimentos necessários para a sustentar. As ciberameaças não só se tornam mais numerosas, como também mais sofisticadas, exigindo que as soluções de segurança evoluam ao mesmo ritmo da inovação tecnológica.

O cibercrime evolui a passos largos, com a antecipação e a preparação a tornarem-se imperativas. A Gartner prevê que os gastos globais em segurança da informação alcancem 212 mil milhões de dólares em 2025, refletindo um crescimento de 15,1% face ao ano anterior.

Entre os fatores que impulsionam este aumento estão a escalada das ciberameaças, a migração para a cloud e a escassez de profissionais qualificados.

A Inteligência Artificial Generativa desempenhará um papel determinante, sendo expectável que, até 2027, 17% dos ciberataques recorram a esta tecnologia.

 

Principais tendências para 2025

De acordo com o Global Cybersecurity Outlook 2025 do World Economic Forum, o ciberespaço está a tornar-se cada vez mais complexo, impulsionado por tensões geopolíticas e económicas, com novas vulnerabilidades tecnológicas e um crescente desequilíbrio entre o cibercrime e a capacidade de defesa das empresas.

Esse desfasamento resulta da escassez de profissionais especializados, da rápida evolução das ameaças e do impacto da Inteligência Artificial, que está a amplificar a sofisticação dos ataques e a desafiar os modelos tradicionais de segurança.

Este cenário exige uma abordagem proativa, com os empresários a adotarem uma mentalidade de “segurança em primeiro lugar”, de acordo com o relatório.

Além disso, revela que cerca de 35% das pequenas organizações acreditam que a sua ciber-resiliência é inadequada – um valor sete vezes superior ao registado em 2022.

A este panorama, soma-se a crescente complexidade regulatória, com normativas como a NIS 2 e o DORA a imporem novas exigências de conformidade e reforçando a pressão sobre as organizações.

Cibersegurança não se aplica sem um enquadramento regulatório cada vez mais rigoroso, que exige uma resposta coordenada entre empresas, governos e organismos reguladores – um fator crítico para 2025. O cumprimento dos quadros regulatórios, como a NIS2 e o DORA, exigirá um reforço da análise dos riscos, das medidas de segurança e da governança dos dados, representando um desafio prioritário para as empresas.

Tal como já temos vindo a observar, o ambiente regulatório será, portanto, um fator decisivo para o sucesso das estratégias de cibersegurança, obrigando as organizações a adaptarem-se rapidamente às novas exigências e a investirem em soluções que garantam não só a segurança, mas também a conformidade contínua.

Além da proteção interna, as empresas terão de avaliar continuamente os riscos ao longo da sua cadeia de fornecimento, assegurando que terceiros cumprem os mesmos requisitos de cibersegurança.

A consciencialização sobre esta matéria será igualmente reforçada, com normas que exigem a criação de uma cultura de cibersegurança contínua e centrada no fator humano, tornando a formação e as boas práticas requisitos obrigatórios para a conformidade.

Face a este cenário de ameaças crescentes e regulamentações mais exigentes, algumas tendências emergem como prioridades para 2025, obrigando organizações e governos a adaptarem-se rapidamente para proteger os seus ativos digitais.

 

As 6 principais tendências para 2025:

 

1. A aposta na centralização da cibersegurança

A crescente complexidade do panorama de ameaças e a dispersão de ferramentas de segurança levaram muitas organizações a consolidar a sua estratégia de cibersegurança num modelo mais centralizado.

A unificação de soluções, como SIEM, SOAR (Security Orchestration, Automation, and Response) e plataformas XDR (Extended Detection and Response), permite não só uma deteção e resposta mais rápida a incidentes, mas também uma gestão mais eficiente dos recursos.

Além disso, ao reduzir a fragmentação dos controlos de segurança, as empresas conseguem melhorar a visibilidade sobre os riscos, minimizar redundâncias e reforçar a sua postura defensiva de forma mais coordenada.

 

2. Automação na defesa

A automatização não se limita a reduzir a carga de trabalho das equipas de segurança, mas transforma a maneira como as ameaças são identificadas e neutralizadas.

Soluções baseadas em IA e machine learning conseguem identificar padrões maliciosos antes que estes se materializem em ataques, ajustando automaticamente as respostas de segurança com base no contexto e na criticidade dos ativos envolvidos.

Com a integração de tecnologias como SOAR e XDR, as organizações reduzem o tempo médio de deteção e mitigação de incidentes, fortalecendo a sua resiliência face a um panorama de ameaças cada vez mais sofisticado.

 

3. Aumento dos investimentos em segurança

Ao mesmo tempo, a crescente sofisticação dos ciberataques leva as empresas a reforçarem os seus investimentos em segurança, apostando em soluções que garantam proteção abrangente e resiliência operativa.

Na verdade, este esforço acompanha a tendência já observada no incremento global dos gastos em cibersegurança, refletindo a necessidade de abordagens mais estratégicas e integradas para mitigar riscos e garantir conformidade regulatória, nomeadamente com os quadros regulatórios NIS 2 e DORA no setor financeiro.

 

4. Impacto da computação quântica na cibersegurança

A evolução tecnológica também trará, naturalmente, novos desafios e oportunidades. A computação quântica, por exemplo, tem o potencial de transformar o panorama da cibersegurança, exigindo o desenvolvimento de novas soluções de criptografia avançada para enfrentar as ameaças emergentes.

As organizações começam a desenvolver e testar novas formas de criptografia pós-quântica, que garantam resistência a ataques baseados nesta tecnologia emergente.

O investimento em segurança quântica será, portanto, crucial para proteger infraestruturas críticas e dados sensíveis no futuro próximo.

 

5. Segurança reforçada para IoT

Num outro vetor, a proliferação de dispositivos conectados acentua a necessidade de reforçar a segurança da Internet das Coisas (IoT), garantindo proteção contra vulnerabilidades e ataques em larga escala.

A integração de sensores, equipamentos industriais permanentemente conectados, dispositivos do tipo office conectados como impressoras, controlo de acessos ou videovigilância e processos totalmente digitalizados em infraestruturas e serviços críticos, aumentam a exposição a vulnerabilidades, exigindo a implementação de políticas de segurança mais robustas.

Medidas como segmentação de redes, monitorização contínua de dispositivos, encriptação de comunicações e autenticação reforçada são fundamentais para reduzir riscos. Além disso, o desenvolvimento de normas e boas práticas para a segurança de IoT ajudará a mitigar potenciais ameaças e garantir a integridade das infraestruturas digitais.

 

6. Inteligência Artificial: um catalisador transversal da cibersegurança

A Inteligência Artificial está a transformar a cibersegurança em múltiplas frentes, desde a automação de processos até à deteção de ameaças avançadas.

A sua aplicação abrange áreas como Zero Trust, onde otimiza a monitorização contínua e a gestão de acessos, e a segurança de IoT, fortalecendo a deteção de anomalias em dispositivos conectados.

Além disso, a IA potência a resposta a incidentes através de sistemas autónomos e acelera a análise de grandes volumes de dados, tornando as defesas mais ágeis e eficientes.

 

Inteligência Artificial e os desafios na cibersegurança

Ainda assim, a Inteligência Artificial não tem cumprido todas as expectativas. Segundo a Forrester, no seu Predictions 2025, 35% dos CISO e CIO globais priorizam a utilização de Inteligência Artificial Generativa para aumentar a produtividade, mas a ausência de resultados concretos tem transformado o entusiasmo inicial em maior cautela.

A previsão é de que 10% dos CISO não priorizem o seu uso em 2025, já que restrições orçamentais e benefícios pouco claros dificultam a sua adoção em larga escala.

A expectativa de um centro de operações de segurança autónomo baseado em IA mostrou-se algo irrealista, reforçando a necessidade de uma abordagem pragmática para maximizar o seu verdadeiro valor, revela a Forrester. 

 

Como enfrentar os desafios da cibersegurança num cenário de risco crescente

Sem cibersegurança, a proteção de dados e a continuidade dos negócios podem ficar comprometidas, especialmente num mundo digital em constante evolução e num contexto político-económico difícil.

Para enfrentar desafios cada vez mais complexos, as empresas precisam de um parceiro que ofereça soluções eficazes e adaptáveis e com uma abordagem integrada de prevenção, proteção, resposta a incidentes e recuperação.

O MEO Empresas posiciona-se como esse parceiro estratégico, com um portfólio diversificado de soluções de cibersegurança. Recorrendo a equipas técnicas especializadas e a tecnologias avançadas, disponibiliza serviços que garantem a proteção das redes e dos ativos digitais das empresas.

O MEO Empresas ajuda as organizações a enfrentarem ameaças atuais e emergentes, fortalecendo a sua resiliência operacional.

O compromisso com a inovação e a adaptação às exigências regulatórias reforça a sua importância na jornada de transformação digital de cada empresa, assegurando não apenas conformidade, mas também segurança e resiliência contínuas num cenário de risco crescente.

 

Conteúdo co-produzido pela MediaNext e pelo MEO Empresas

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