Há dois estados dos EUA que estão a questionar o Zoom quanto às suas práticas de privacidade depois de várias notícias que questionam estas práticas, assim como as de segurança, da aplicação de videoconferência
|
Pelo menos dois estados dos EUA estão à procura de informações por parte da Zoom Video Communications após várias notícias que questionam a privacidade e a segurança da aplicação de videoconferência. A popularidade do Zoom aumentou à medida que os funcionários das empresas, escolas e de outras organizações em todo o mundo trabalham a partir de casa devido a restrições impostas por vários Governos numa tentativa de retardara propagação do COVID-19, ou Coronavírus. “Estamos alarmados com os incidentes de ‘Zoom-bombing’ e estamos à procura de mais informações por parte da empresa sobre as suas medidas de privacidade e segurança em coordenação com outros procuradores-gerais do estado", explicou o procurador-geral do estado do Connecticut, William Tong, citado pela Reuters. O escritório de Boston do FBI alertou os utilizadores do Zoom para não tornar públicas as reuniões no site ou partilhar links depois de receber dois relatos de indivíduos não identificados a invadir as sessões da escola, um fenómeno que ficou conhecido como ‘Zoom-bombing’. A procuradora-geral do estado de Nova Iorque, Letitia James, enviou uma carta à Zoom com várias perguntas para garantir que a empresa está a tomar as medidas apropriadas para garantir a privacidade e a segurança dos utilizadores. Já algumas empresas começaram a proibir a utilização do software. A SpaceX, de Elon Musk, proibiu os seus funcionários de utilizar a aplicação citando “preocupações significativas de privacidade e segurança”. “Cometemos alguns erros”Numa entrevista à CNN neste domingo, Eric S. Yuan, CEO da Zoom, abordou alguns dos recentes de segurança da empresa. “Mudámos rápido demais... e tivemos alguns erros”, admite o CEO, explicando que a empresa aprendeu as “lições e recuamos um passo para focar na privacidade e segurança”. Anteriormente, Yuan tinha dito ao Wall Street Journal que “realmente estragou tudo como CEO” e que sentia “uma obrigação de recuperar a confiança dos utilizadores”. O mea culpa de Yuan chegou depois de algumas semanas tumultuosas para a plataforma de videoconferência. O Zoom viu a sua utilização aumentar drasticamente, tendo alcançado os 200 milhões de participantes diários em março; em comparação, em dezembro de 2019, o número era de apenas dez milhões. |