De acordo com o relatório da Salesforce, 88% dos líderes aponta a IA como motor essencial para impulsionar vendas e personalização
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O setor dos bens de consumo está a atravessar um dos períodos mais desafiantes dos últimos anos. De acordo com o relatório Consumer Goods Industry Insights 2025, da Salesforce, a fraca confiança dos consumidores, as margens cada vez mais pressionadas e a crescente complexidade das rotas de entrada no mercado estão a dificultar o crescimento rentável das empresas. Mais de metade dos líderes da indústria (54%) admite que alcançar crescimento com rentabilidade será mais difícil este ano. Quase todos os inquiridos (98%) apontam ainda as alterações na política económica, como tarifas e regulamentações, como fatores de impacto direto no sourcing, nas operações e nas margens. Perante este cenário, a aposta recai na Inteligência Artificial (IA). O estudo revela que 88% dos líderes acredita que a IA irá impulsionar diretamente as vendas das empresas, e quase nove em dez defendem que os agentes de IA serão indispensáveis para competir dentro de dois anos. “Quanto mais eficientes as empresas forem com as suas operações, melhor conseguem lidar com as pressões financeiras sobre os consumidores”, refere Dave Dohnalik, SVP da PepsiCo, destacando a importância da capacitação digital e da experiência no retalho. As tradicionais promoções comerciais, embora fundamentais, estão a perder eficácia: menos de metade gera resultados positivos. Já as ofertas personalizadas com base em IA e dados mostram-se significativamente mais eficazes, superando em quase 20 pontos percentuais os programas de fidelização. “Em 2025, aumentos de preços e promoções generalizadas já não asseguram crescimento. Hoje, vencer significa precisão: utilizar dados, IA e promoções estratégicas para transformar cada etapa da cadeia de valor numa oportunidade de receita”, sublinha Michelle Grant, diretora da Salesforce. Com o abrandamento dos canais Direct-to-Consumer e a quebra da eficácia dos programas de fidelização, as empresas estão a redirecionar os investimentos para personalização digital e presença em redes sociais. A aposta passa por criar experiências individualizadas que acompanhem consumidores cada vez menos fiéis e mais propensos a mudar de marca. A IA é vista como a principal prioridade estratégica até 2027, não só para impulsionar vendas, mas também para potenciar criatividade no desenvolvimento de produtos e promoções comerciais. |
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