Estudo da Gartner alerta para rotatividade nos quadros superiores das empresas e destaca CHRO na retenção de talento
Mais de metade (56%) dos líderes C-level, excluindo os CHRO, consideram altamente provável abandonar os seus cargos nos próximos dois anos, de acordo com o estudo “The CHRO's Role in Reducing Executive Turnover” da Gartner. O relatório, realizado em outubro de 2024, reuniu 200 executivos, com 27% a admitirem a possibilidade de saída já nos próximos seis meses. O aumento da carga de trabalho e do stress são fatores que contribuem para esta tendência, com 67% dos inquiridos a afirmarem que lhes são exigidas mais responsabilidades e 44% a relataram níveis elevados de pressão no desempenho das suas funções. A rotatividade dos profissionais representa um desafio para as empresas, uma vez que equipas de liderança instáveis tendem a impactar negativamente o crescimento e o desempenho organizacional, de acordo com Alexander Kirss, diretor sénior da prática de RH do Gartner. O estudo indica ainda que as empresas cujos executivos permanecem, em média, cinco anos apresentam melhores resultados financeiros e operacionais. Os CHRO desempenham um papel fundamental na mitigação da saída de quadros superiores, embora enfrentem dificuldades nesse processo. Apenas 23% dos CxO consideram que os CHRO são eficazes na gestão das tensões entre membros do C-suite e no fortalecimento da sua coesão como equipa. No entanto, a Gartner destaca que os CHRO podem contribuir para a retenção dos líderes ao assumirem o papel de coaches de carreira, o que pode ajudar no desenvolvimento de planos de sucessão e na formação contínua dos responsáveis. Além disso, a construção de relações de confiança com os CEO pode reduzir a rotatividade, promovendo uma comunicação mais eficaz e alinhada com as prioridades estratégicas das empresas. Por outro lado, os CHRO também apoiam a saúde mental e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, através de iniciativas que criam um ambiente mais favorável à permanência dos CxO. A Gartner destaca que esta abordagem transparente é essencial para combater o estigma associado ao bem-estar destes profissionais, contribuindo para organizações mais resilientes e competitivas. |