Líderes empresariais querem gerar receitas com IA, mas falta de talento ameaça execução

De acordo com o estudo da Emergn, 57% das empresas admitem que expectativas da criação de receitas com IA superam a capacidade de entrega

Líderes empresariais querem gerar receitas com IA, mas falta de talento ameaça execução

A maioria dos líderes empresariais está confiante no potencial da Inteligência Artificial (IA), mas reconhece desafios significativos na sua concretização. Segundo o estudo “Intelligent Delusion”, da consultora Emergn, 77% das empresas planeiam gerar receitas com novas soluções de IA já em 2026, embora 57% admitam que as expectativas estão a crescer mais rápido do que a capacidade de entrega.

A falta de talento qualificado surge como a principal barreira. Mais de 55% dos inquiridos afirmam que não vão atingir os objetivos sem profissionais capazes de enquadrar problemas, desenhar soluções e levá-las ao mercado.

O desafio não está apenas em adotar tecnologias avançadas, mas em colmatar lacunas de talento, competências e capacidade organizacional. Quanto mais inteligente for a tecnologia, mais fácil se torna sobrestimar a sua promessa e subestimar a condição humana necessária para o sucesso”, afirma Alex Adamopoulos, fundador e CEO da Emergn.

Apesar dos riscos, o otimismo prevalece. 81% das empresas reportaram retorno positivo do investimento em iniciativas de IA em 2024, reforçando a confiança de que estes projetos irão gerar ganhos financeiros no próximo ano. Ainda assim, a consultora alerta que o sucesso depende de preparação organizacional e de investimento nas competências humanas.

A experiência mostra que não basta introduzir IA nos processos. É preciso alinhar tecnologia, talento e estratégia de produto para que a inovação seja duradoura e competitiva”, acrescenta Pedro Fernandes, Automation Practice Lead da Emergn.

O estudo destaca ainda a crescente importância da gestão de produtos. Em 2025, 87% dos líderes aumentaram o investimento nesta área, face aos 26% registados no ano anterior, e 65% consideram-na fundamental para a sua estratégia.

Esta evolução está a transformar também a liderança. 43% das empresas nomearam um Chief Product Officer no último ano, contra 31% em 2024, reforçando o papel desta função na ligação entre tecnologia, marketing, vendas e operações, e no alinhamento das equipas em torno de uma narrativa única de valor.

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