Inteligência Artificial supera o cérebro humano no reconhecimento de escrita manual

A Fujitsu R&D Center e a Fujitsu Laboratories revelam que desenvolveram a primeira tecnologia de reconhecimento de escrita manual do mundo que utiliza uma Inteligência Artificial (IA) modelada a partir de processos do cérebro humano, que ultrapassa a taxa de reconhecimento de 96,1%, equivalente à humana.

Inteligência Artificial supera o cérebro humano no reconhecimento de escrita manual

A Fujitsu havia anteriormente alcançado um rigor de alto nível neste campo, tal como ficou demonstrado com o 1º lugar alcançado na Conferência Internacional sobre Análise e Reconhecimento de Documentos (ICDAR), com uma taxa de 94,8%, num concurso de reconhecimento de caracteres chineses escritos à mão. No entanto, para aumentar ainda mais o rigor do reconhecimento, era essencial ter um novo mecanismo que estudasse a diversidade de deformações dos caracteres.

Agora, tendo por foco um modelo hierárquico de conexões alargadas entre neurónios, um modelo baseado no cérebro humano que reconhece as características dos caracteres, a Fujitsu desenvolveu uma tecnologia que cria automaticamente vários padrões de deformação de caracteres a partir do padrão base do caractere, “treinando” assim este modelo neural hierárquico. Usando este método, a Fujitsu alcançou um rigor de 96,7%, ultrapassando a taxa humana de reconhecimento de caracteres chineses escritos à mão, equivalente a 96,1%.

A Fujitsu espera que esta tecnologia permita uma automatização ainda maior da inserção e reconhecimento informáticos.

Por norma, embora os humanos consigam reconhecer facilmente caracteres, imagens e sons, os computadores têm dificuldade em fazer este tipo de reconhecimento, devido às muitas variações de forma, brilho e outras características do objecto a ser reconhecido, bem como a existência de objetos similares. Isto tornou-se um problema central na investigação de inteligência artificial.

A Fujitsu iniciou a sua investigação usando inteligência artificial baseada numa aprendizagem profunda do reconhecimento de caracteres em 2010. Em 2013, a tecnologia de reconhecimento de caracteres desenvolvida a partir desta inteligência artificial conquistou o primeiro lugar (taxa de reconhecimento de 94,8%) num concurso de reconhecimento de caracteres chineses escritos à mão realizada numa conferência internacional do mais alto nível no terreno do processamento de imagens de documentos, alcançando o maior rigor na área.

A Fujitsu está a apontar para a aplicação prática desta tecnologia no ano fiscal de 2015, ao mesmo tempo que melhora ainda mais o rigor da tecnologia de reconhecimento de caracteres e alarga o seu uso ao reconhecimento de suportes que não os de caracteres escritos, como as imagens e a voz.

Além disso, a Fujitsu também está a estudar as aplicações desta tecnologia de reconhecimento de caracteres a muitas outras línguas, nomeadamente às línguas baseadas em alfabetos e os números.

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