Equipas de análise e planeamento financeiro necessitam de colocar tecnologia como canal padrão no apoio à decisão

Um estudo da Gartner com a participação de gestores e decisores de negócio revela que apenas 15% dos líderes de FP&A afirmaram ter um modelo de entrega sustentável

Equipas de análise e planeamento financeiro necessitam de colocar tecnologia como canal padrão no apoio à decisão

As equipas de planeamento e análise financeira (FP&A) estão a enfrentar dificuldades devido ao aumento da procura para apoio à decisão.

Num inquérito, levado a cabo pela Gartner, e com a participação de 273 gestores de FP&A e parceiros financeiros de negócio e 102 decisores seniores de organizações com mais de 250 milhões de dólares em receitas, apenas 15% dos líderes de FP&A afirmaram ter um modelo de entrega sustentável, com equipas que conseguem manter um nível consistente de apoio à decisão e ao planeamento entre os decisores, enquanto apoiam novas decisões, sem que para isso tenham de levar as equipas de FP&A ao limite.

Randeep Rathindran, Distinguished Vice President, Research, na Gartner Finance practice, reforça que “a abordagem típica de modernização da automatização dos processos rotineiros dos FP&A para criar capacidade de apoio presencial à decisão não está a acompanhar o ritmo da elevada procura na maioria das organizações”, considerando que a atual trajetória “é insustentável”, com equipas sobrecarregadas e esgotadas que “continuam a provocar erros no serviço porque não conseguem servir todos os decisores que necessitam de apoio”.

Se um dos cenários mais comuns nas equipas de FP&A – o modelo de consultoria interna - passa por utilizar a automatização para libertar a capacidade dos colaboradores para que as equipas de FP&A tenham mais tempo para se dedicarem a outras atividades com valor acrescentado, as principais organizações descobriram agora uma forma mais sustentável e escalável para que as equipas de planeamento e análise financeira forneçam informações de valor acrescentado à organização - o modelo de difusão de capacidades - que coloca a tecnologia como canal padrão de suporte à decisão.

A difusão de capacidades permite, pela primeira vez, transformar as capacidades de FP&A de uma equipa financeira especializada numa capacidade empresarial, em que os decisores podem recorrer ao apoio à decisão FP&A através de ferramentas tecnológicas, tornando-se assim mais autónomos.

“Os novos desenvolvimentos no mercado de fornecedores de tecnologia financeira e a prevalência de ferramentas com recursos incorporados, como análise de gráficos, machine learning e IA generativa, tornam mais fácil do que nunca a tarefa das equipas de FP&A transferirem expertise para os decisores tomarem decisões complexas”, acrescenta Randeep Rathindran.

Por outro lado, os Finance Business Partners (FPBs) deverão ser também capazes de formar os decisores para que estes sejam mais autónomos na utilização dos conhecimentos baseados em ferramentas de planeamento e análise financeira, procurando aliviar as equipas de FP&A, que, na ausência dos Finance Business Partners, terão maior flexibilidade no apoiar novas decisões e mais complexas.

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