Analítica Self-Service e BI vão superar os Data Scientists em 2019, diz a Gartner

Recentemente, a Gartner auscultou mais de 3 mil CIOs e concluiu que a analítica e a BI estão entre as tecnologias mais diferenciadoras das organizações dos inquiridos. Estas tecnologias estão a ser alvo dos mais recentes investimentos das organizações, sendo consideradas pelos CIO como as mais estratégicas.

“A tendência da digitalização está a levar a uma procura pela analítica em todas as áreas dos negócios modernos, bem como do governo”, explica Carlie J. Idoine, research director, Gartner. “Os céleres avanços na inteligência artificial, IoT e SaaS (cloud) analytics e plataformas de BI estão a facilitar e tornar mais barato que profissionais não especializados consigam realizar análises eficazes e informar melhor os decisores”.

Esta nova tendência está a conduzir, segundo a Gartner, a uma implementação cada vez maior de capacidades autónomas como forma de criação de uma cultura data-driven no seio das organizações. Isto significa que os utilizadores empresariais podem aprender mais rapidamente a utilizar e retirar benefícios da ferramentas de analítica e BI eficazes, trazendo insights valiosos às empresas.

“Se os líderes em data and analytics simplesmente facultarem acesso a ferramentas de dados, as iniciativas autónomas não irão funcionar”, adverte Carlie J. Idoine. “A experiência e capacidades dos utilizadores empresariais variam bastante dentro das organizações. Assim, é necessária formação, suporte e processos que ajudem os utilizadores autónomos a produzir insights com valor para a organização”.

Para a Gartner, é essencial que as empresas estejam preparadas para esta nova tendência. Para que consigam construir uma base forte para a analítica self-service e BI, as organizações devem:

Alinhar as iniciativas de “self-service” com os objetivos organizacionais

Para a analista, é fundamental que as organizações confirmem o valor da analítica self-service e BI ao comunicar o seu impacto e interligarem o seu sucesso aos bons resultados da organização. “Isto traz confiança na abordagem e justifica o contínuo suporte a estas iniciativas. Encoraja também os utilizadores empresariais a envolverem-se no processo e aplicar as melhores práticas às suas áreas”, refere Carlie J. Idoine.
 

Envolver os utilizadores empresariais no desenho, desenvolvimento e suporte das iniciativas

“Criar e executar uma iniciativa bem-sucedida requer uma relação de confiança entre a equipa de IT e os utilizadores empresariais”, explica a analista. Assim, a componente técnica deixa de ser o mais importante e as atenções voltam-se para os processos de colaboração para que o IT e os utilizadores possam estar alinhados e perceber o que cada um deve fazer para que as iniciativas sejam benéficas.
 

Abordar de forma flexível a governança de dados

A flexibilidade do modelo de governança de dados é fulcral para o sucesso de uma iniciativa de analítica self-service. “Os líderes de IT terão de encontrar o equilíbrio na governança de dados de modo a que esta seja bem-sucedida e escalável”, adverte Carlie J. Idoine.
 

Elaborar um plano

Os utilizadores devem estar equipados com um plano que os ajude a estar alinhados com os objetivos. Isto fará com que estes saibam com maior exatidão como aplicar as ferramentas que têm ao seu dispor e como utilizá-las mediante problemas empresariais específicos. “Um plano de ação formalizado ajudará a automatizar e standardizar este processo, tornando-o muito mais escalável à medida que as práticas de self-service se disseminam nas organizações”.