Alinhamento entre CIO e restantes executivos é segredo para as empresas

Um estudo da Fujitsu revela que existe distanciamento entre o CIO e os restantes executivos de primeira linha na Europa no que diz respeito à transformação digital

Alinhamento entre CIO e restantes executivos é segredo para as empresas

No momento exigente que o mundo atravessa, os líderes das empresas têm de se unir para sobreviver, sendo necessário promover uma maior sintonia entre os CIO (Chief Information Officers) e os restantes executivos de primeira linha, sobre a melhor forma de implementar a transformação digital.

Um estudo da Fujitsu mostra algum distanciamento entre o CIO e outros executivos, o que pode comprometer a transformação digital nas organizações. Além disso, os colaboradores são vistos como um dos obstáculos ao sucesso da transformação digital.

Tendo inquirido 750 CIO e outros executivos de primeira linha (incluindo CEO, CMO, CHRO, CFO e COO) em cinco países europeus (incluindo Portugal), o estudo “People-Powered Technology: The CIO and Organisational Transformation”, encomendado pela Fujitsu, concluiu que, embora os executivos de primeira linha estejam unidos no desejo de cumprir um programa eficaz de transformação digital, há várias áreas chave em que as abordagens diferem.

Não há dúvidas de que a transformação digital é considerada um investimento crítico: três quartos dos CIO e restantes executivos acredita que a pandemia tem demonstrado o quão essencial é a transformação digital para a sobrevivência do seu negócio - na realidade, 77% dos executivos entrevistados em Portugal destacou que o vírus mudou muito a sua abordagem à transformação digital. No mesmo sentido, 65% dos gestores portugueses afirmou até que a pandemia acelerou a necessidade de assegurar uma eficaz transformação digital na organização.

A par da continuidade do negócio, os colaboradores são uma das principais razões para iniciar uma transformação digital. Ironicamente, cerca de 40% dos inquiridos revela que os seus colaboradores foram um obstáculo a uma transformação digital bem-sucedida. Além disso, também o CMO (38%) e os acionistas (37%) foram indicados como possíveis obstáculos.

Os CIO estão muito menos seguros das vantagens da transformação digital: 52% dos CIO têm dificuldades em compreender as suas vantagens, quando comparados com apenas 28% dos restantes executivos de topo. É uma disparidade que pode conduzir a impasses ao nível da direção quando se trata de discutir orçamentos, cronogramas e medição de objetivos.

Esta diferença de pensamento foi mais uma vez exposta no que toca aos progressos efetuados até ao momento: apenas 9% dos executivos de topo pensa ter concluído a sua transformação digital. No caso dos CIO, foi quase um quinto (19%). Porém, a maioria das empresas portuguesas (67%) acredita que terá terminado a sua transformação digital nos próximos dez anos. E menos de metade (41%) das organizações em Portugal pensa que a terá concluída até 2025.

As implicações de tudo isto são imediatamente percetíveis: 78% dos CIO inquiridos admitem que precisam da ajuda de terceiros para definirem as suas prioridades de transformação, e 73% dos restantes executivos de topo concordam.

Relativamente aos gestores inquiridos em Portugal, existe um grande alinhamento entre as principais questões abordadas por este estudo face aos restantes países europeus. Existem no entanto algumas discrepâncias face aos resultados obtidos noutros países. Entre os cinco países inquiridos, foram os gestores portugueses os que admitiram mais limitações técnicas para potenciar uma eficaz transformação digital (40%, face a 30% em Espanha ou 25% em França).

Curiosamente, quando questionados sobre a disponibilidade de recursos (incluindo cashflow) para promover a transformação digital, Portugal foi o país que menos referiu esta limitação (apenas 31% face aos 37% de Espanha, por exemplo). Por outro lado, os gestores portugueses foram dos que revelaram maior dificuldade nas suas organizações em compreenderem os beneficios da transformação digital (41%), face aos 32% em Espanha e 25% em França.

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