IA generativa leva líderes de engenharia de software a focarem-se no valor da equipa

Até 2025, mais de metade das descrições de líder de engenharia de software irão exigir explicitamente a supervisão da IA generativa

IA generativa leva líderes de engenharia de software a focarem-se no valor da equipa

O impacto da Inteligência Artificial (IA) Generativa vai para além da implementação da tecnologia, afetando também as responsabilidades de um líder de engenharia de software (SWEL). De acordo com a Gartner, a supervisão da IA generativa será uma exigência explícita de mais de 50% das descrições das funções de líder de engenharia de software. 

“Os líderes de engenharia de software encontrar-se-ão numa desvantagem significativa se não reconhecerem e não se adaptarem a estas mudanças – enfrentando o risco de serem substituídos por aqueles que abraçam esta tecnologia disruptiva”, afirma Haritha Khandabattu, Senior Director Analyst da Gartner.

Ao testar a IA generativa, os SWELs devem demonstrar o valor da utilização desta tecnologia para ampliar as suas equipas e incentivar ao investimento contínuo nelas. A transparência e o foco na produtividade são essenciais nas conversas com equipas de developers, em vez de se concentrarem em como a IA poderá substituir os profissionais.

“A IA generativa não substituirá os developers num futuro próximo”, disse Khandabattu. “Embora tenha a capacidade de automatizar certos aspetos da engenharia de software, não consegue replicar a criatividade, o pensamento crítico e as capacidades de resolução de problemas que os humanos possuem. Os líderes devem reforçar o valor das suas equipas, demonstrando como a IA generativa é um multiplicador de forças que pode aumentar a eficiência”.

A IA generativa, segundo a Gartner, pode ser uma ferramenta eficaz nos processos de recrutamento e contratação, podendo ser útil na realização de uma análise dos cargos ou na transcrição de resumos das entrevistas. Investir na tecnologia generativa da IA pode ainda libertar tempo aos SWELs, para se dedicarem a aspetos das suas funções mais centrados em pessoas.

No entanto, a IA generativa levanta preocupações éticas que exigem novas políticas. “O uso de modelos básicos de IA pode introduzir riscos como alucinações, a geração de conteúdo falso, mas aparentemente plausível, e preconceito”, disse Khandabattu. “Os líderes de engenharia de software precisam deser cautelosos ao usar esta tecnologia”.

Desta forma, a Gartner recomenda a colaboração dos SWELs com um comité de ética de IA, ou a criação de um, para desenvolverem diretrizes que orientem as equipas na utilização responsável da IA generativa, considerando que os profissionais desempenham um papel importante na identificação e mitigação de riscos éticos em produtos de IA generativa.

“Abstenha-se de usar IA generativa para substituir tarefas que exigem julgamento humano e pensamento crítico”, sugere Khandabattu. “Avalie constantemente os casos de uso onde a IA generativa pode agregar valor máximo nas atividades do dia a dia”.

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