Empresas apostam na formação de colaboradores como motor da inovação

Colaboradores e líderes tencionam continuar com as formações em formato online

Empresas apostam na formação de colaboradores como motor da inovação

A Rumos acaba de lançar os resultados do estudo, fruto de uma colaboração com a Flag e a Galileu - “Como será o desenvolvimento das competências profissionais em 2021?” – que pretende sistematizar as mudanças mais importantes pós-pandemia ao processo de desenvolvimento de competências dos profissionais. A investigação vem ainda perceber a crescente importância da formação de colaboradores e o seu papel na resiliência e crescimento das organizações. 

Jorge Lopes, Diretor Rumos Formação afirma que “o desenvolvimento tecnológico e a crescente digitalização dos negócios têm vindo a acentuar a diferença entre as necessidades das empresas e as competências digitais dos seus colaboradores. A análise dessas lacunas de competências e a identificação das necessidades de formação acabam por ser um processo fulcral para o sucesso da capacitação das equipas”. O estudo fala ainda das áreas com maiores défices de qualificações e como as empresas os estão a identificar e a combater. Por fim, dá destaque à evolução de novos métodos de formação que permitem dar continuidade ao desenvolvimento de competências de forma eficaz e eficiente.

A investigação da Rumos “surgiu com o objetivo de sistematizar as mais importantes mudanças trazidas pela pandemia ao processo de desenvolvimento de competências dos profissionais e demonstrar a importância da formação nas empresas. Através dos seus resultados conseguimos perceber que quanto mais avançamos neste nova realidade, mais é notória a importância da capacitação de colaboradores para garantir a resiliência e prosperidade de indivíduos e organizações e é, cada vez mais, necessário que o investimento no capital humano esteja na linha da frente da visão estratégica das empresas”, explica o Diretor.

Em relação à aprendizagem continuada no espaço de trabalho, foi possível apurar que nunca foi tão importante. O estudo conta que a nível mundial, o número de profissionais requalificados aumentou substancialmente em apenas um ano, que pode ser justificado pelo aumento do número de empresas a conseguir reconhecer a sua responsabilidade na redução do défice de qualificação dos colaboradores. Em 2020, 96,3% dos entrevistados afirma ter realizado algum tipo de formação, enquanto 3,7% diz que não.

Foi também possível identificar que o plano de formação das empresas é elaborado - 57% -, com base na realização prévia de um levantamento de necessidades de formação, tanto por sugestão das chefias - 48% - como dos próprios colaboradores - 45% - e para 2021, em Portugal, 30% dos inquiridos afirmaram que vão aumentar o seu investimento em formação. No entanto, apesar da mais valia que a formação representa para as empresas, ainda é difícil para os gestores e responsáveis de Learning and Development (L&D) delinear e implementar planos de formação eficazes, sobretudo devido à falta de tempo – 61% dos L&D e 47% dos profissionais de IT – e restrições de orçamento (40%). 

A experiência formativa passou a ser não presencial e parece ser a tendência para o futuro, sendo que 10% dos inquiridos pretende realizar formações presenciais e apenas 3% vai optar exclusivamente pelo formato presencial. Os profissionais inquiridos destacam ainda, como aspetos positivos da formação online, a flexibilidade horária e melhor gestão do tempo - 47% -, a ausência de deslocações - 26% -, o acesso a uma maior diversidade de temas e disponibilidade de conteúdos - 24% -, a flexibilidade geográfica - 18% - e a comodidade - 14%. Em 2020, 76% dos formandos realizaram formação online, um crescimento exponencial face aos 5% registados em 2019.

“O mercado da formação deve acompanhar as tendências deste ‘novo normal’, de digitalização, flexibilidade de horários, descentralização geográfica e consequente democratização de acesso à aprendizagem”, assevera Jorge Lopes, e “há certamente ainda espaço para tornar a aprendizagem online mais humana e social, com melhores ferramentas tecnológicas e dinâmicas de formação, mas não há dúvida que a formação online e híbrida, continuarão no topo das preferências tanto das organizações como dos indivíduos, no futuro pós-pandémico”, conclui.

Entre as principais prioridades reportadas pelas empresas portuguesas para o ano de 2021 destacam-se as áreas tecnológicas de Programação, Big Data, Redes e Sistemas, as relacionadas com Cloud Computing e, sobretudo, o desenvolvimento de competências em cibersegurança. No campo das competências empresariais, denota-se uma maior preocupação nas áreas de Gestão, Marketing e Comunicação.

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