Organizações que tiram o máximo proveito da cloud ganham vantagem competitiva

Num novo estudo, a Accenture define as organizações que olham para a cloud como um modelo operativo para a inovação como Continuum Competitors

Organizações que tiram o máximo proveito da cloud ganham vantagem competitiva

Ever-ready for Every Opportunity: How to Unleash Competitiveness on the Cloud Continuum é o nome do novo relatório da Accenture que identifica um grupo de organizações que utilizam a cloud como um novo modelo operativo para reinventar continuamente os negócios, utilizando recursos inovadores da cloud, seja pública, privada ou edge, e maximizar o valor do negócio, além da economia de custos.

O inquérito, que conta com o testemunho de quatro mil executivos C-Suite, de organizações dos setores público e privado em todo o mundo, revela porque é que olhar para a cloud como uma migração única para um destino estático – essencialmente como um data center mais barato e eficiente – é limitativo. 

Em comunicado, a empresa explica que o foco apenas na redução de custos pode colocar as organizações em desvantagem competitiva, quando comparadas com aquelas que usam a cloud de forma estratégica nas suas formas dinâmicas, incluindo cloud pública, privada e edge. “A maioria das organizações implementa uma combinação de cloud pública, privada e edge, com pouca integração entre elas”, esclarece Vanda Gonçalves, Managing Director e responsável pela área de Cloud da Accenture em Portugal. 

A pesquisa revela que, embora as organizações planeiem migrar, em média, mais de dois terços das suas workloads para a cloud, nos próximos três a cinco anos, apenas metade estará a utilizar todo o potencial da nuvem nas suas várias formas para transformar o quotidiano das operações, realizar projetos de investigação e desenvolvimento ou modernizar aplicações para responderem às necessidades do negócio. 

“Como resultado, a inovação, os dados e as melhores práticas alcançadas em algumas áreas da organização não beneficiam o todo, impedindo assim a maximização de valor. No entanto, uma pequena percentagem das organizações está a posicionar-se para tirar o máximo valor possível da cloud, olhando-a como um ‘continuum’ de tecnologias que abrange diferentes locais e tipos de propriedade, com suporte dinâmico de 5G em cloud e redes definidas por software para oferecer suporte às necessidades, em constante mudança, dos seus negócios”, completa. 

A Accenture define as organizações que lideram o caminho na cloud como Continuum Competitors – que representam cerca de 12-15% dos inquiridos, dependendo da região – destacam-se por alargarem a experiência que tiveram com a cloud pública aos seus data centers privados e, dessa forma, transformarem as suas operações. Como resultado do envolvimento contínuo na cloud, obtêm ganhos substanciais e superam os concorrentes. Segundo o estudo, os Continuum estão também muito melhor posicionados no que se refere à sua capacidade de resistência a futuras situações de instabilidade.

A Accenture dá o exemplo da multinacional dinamarquesa Carlsberg, que além da poupança em custos operacionais, cita a liberdade de inovar e experimentar como uma das principais vantagens da cloud, permitindo-lhes lançar novas iniciativas e campanhas, em horas, em vez de meses. "A futura competitividade de uma empresa depende da escolha do tipo certo de cloud para as aplicações e serviços baseados na cloud – como inteligência artificial, contact centers inteligentes, edge computing, robótica, extended reality, entre outros – e da implementação de práticas avançadas, necessárias para alavancar essas tecnologias”, indica Vanda Gonçalves. “Ao usar estratégias de cloud-first, as organizações conseguem criar melhores experiências para o cliente, processos de negócio mais inteligentes e produtos mais sustentáveis”, acrescenta.

Ao contrário das organizações que se concentram na migração única para economia de custos e eficiência, os Continuum Competitors apresentam duas a três vezes maior probabilidade de inovar, automatizar e reprojetar o trabalho de investigação e desenvolvimento. Por outro lado, alcançam reduções de custos entre 2,7x (Europa) e 1,2x (América do Norte) maiores do que as organizações focadas principalmente na migração de dados.

Além disso, visam atingir mais objetivos operacionais e financeiros, incluindo a aumentar em até 50% os KPI de negócio, como o aumento de clientes e o lançamento no mercado mais rapidamente do que seus pares. Adicionalmente, têm uma probabilidade até três vezes maior de usar a cloud para atingir pelo menos dois objetivos de sustentabilidade, como a utilização de fontes de energia verdes, projetar para um menor consumo de energia e usar servidores de forma mais eficiente para reduzir o consumo de energia.

A Accenture explica quatro abordagens de cloud vencedoras e aplicáveis a qualquer organização:

  • Saber para onde pretende que o “continuum” o conduza. Uma organização deve primeiro desenvolver uma estratégia com uma visão que estabeleça claramente os seus valores centrais e as suas aspirações, que identifique vulnerabilidades competitivas e que classifique recursos que relacionem onde a empresa está hoje com as suas aspirações. Estas estratégias devem ser desenvolvidas tendo em conta a evolução constante dos recursos da cloud em todo o “continuum”.
  • Estabelecer práticas cloud que ofereçam suporte e ampliem tecnologias. As organizações devem combinar a adoção da tecnologia com práticas que tragam disciplina e que ajudem a mudar áreas não tecnológicas à luz dos avanços computacionais. Agilidade é a característica mais importante para se ser um Continuum Competitors pois inspira a utilização de aplicações cloud-first, a requalificação do talento, a experimentação de tecnologias de informação e de computação, entre outras áreas.
  • Acelerar a inovação para proporcionar experiências excecionais. Os Continuum Competitors priorizam os seus investimentos numa área: a experiência. Usam uma combinação de human-centered design e tecnologias baseadas na cloud, como edge computing, para repensar a experiência e levá-la a um envolvimento maior com os seus clientes, parceiros e colaboradores, impulsionando uma mentalidade de experiência em toda a organização, incluindo produtos e serviços, experiência dos colaboradores e modelos de entrega.
  • Oferecer um compromisso estratégico contínuo. A liderança necessita estabelecer objetivos de negócio, definir níveis de risco apropriados e promover uma cultura de agilidade e crescimento. As organizações também devem reconhecer a natureza partilhada do desafio: todos na organização precisam ser informados acerca do potencial, cada vez maior, da cloud  e das melhores práticas.
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