Mercado de IA na telemedicina deverá crescer mais de 36% por ano até 2030

O mercado global de Inteligência Artificial (IA) em telessaúde e telemedicina, que atingiu os 4,22 mil milhões de dólares em 2024, deverá crescer a uma taxa anual de 36,4% e atingir os 27,14 mil milhões de dólares até 2030. Este crescimento exponencial é impulsionado pela necessidade de levar cuidados de saúde a uma população cada vez mais envelhecida e com mais doenças crónicas, bem como pela escassez de profissionais de saúde.

Os avanços nas telecomunicações e a expansão de sistemas de monitorização remota de doentes são os outros grandes motores deste mercado, que está a transformar a forma como os cuidados de saúde são prestados.

Por aplicação, o segmento de cuidados primários representa a maior fatia do mercado. Plataformas de telessaúde com IA permitem automatizar avaliações de sintomas, consultas virtuais e acompanhamentos, tornando os serviços de rotina, como check-ups e gestão de doenças crónicas, mais acessíveis e eficientes.

Funcionalmente, destaca-se o crescimento acelerado da monitorização remota de doentes, devido à crescente prevalência de doenças como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, que exigem vigilância contínua. Sistemas de RPM baseados em IA permitem o acompanhamento em tempo real de sinais vitais, reduzindo as visitas ao hospital e melhorando os resultados clínicos.

Geograficamente, a América do Norte lidera o mercado, graças à sua infraestrutura de saúde avançada, elevada adoção tecnológica e políticas públicas favoráveis. Iniciativas como o desenvolvimento de princípios de IA pela American Telemedicine Association e parcerias como a da Zoom com a Suki AI (para incorporar ferramentas de voz com IA nas consultas) reforçam a posição dominante da região.

A crescente utilização de wearables e aplicações para cuidados virtuais, bem como a mudança para modelos de cuidados ambulatórios, representam oportunidades significativas para a expansão contínua deste mercado.