Metade dos profissionais de comunicação portugueses considera IA como oportunidade

Inquérito revela que mais de metade dos profissionais de comunicação portugueses considera as ferramentas de inteligência artificial como uma oportunidade para a indústria dos media

Metade dos profissionais de comunicação portugueses considera IA como oportunidade

A Inteligência Artificial (IA) tem vindo a redesenhar o futuro de quase todos os setores económicos, assim como a mudar a vida das pessoas em todo o mundo, e a comunicação não é exceção. Desta forma, para obter uma perspetiva mais detalhada da realidade em Portugal, a Marco Agency desenvolveu um inquérito para compreender o impacto que a chegada das ferramentas de IA está a ter na vida dos profissionais de comunicação e a forma como podem mudar o paradigma do setor.

Embora haja algumas preocupações com a utilização de IA, a maioria dos inquiridos (62%) considera a IA como uma oportunidade na indústria dos media, nomeadamente por facilitar o trabalho diário. Os fatores mais apontados pelos profissionais são a possibilidade de automatizar e aumentar a rapidez de tarefas (78%), tornar os processos mais eficientes (53%) e a facilidade de aprendizagem (44%).

Ainda assim, 37% consideram a existência destas ferramentas uma ameaça para os seus trabalhos, 30% têm medo de perder o emprego para as novas tecnologias, e mais de metade destes sentem ansiedade com esta possibilidade.

Além do impacto no emprego, os inquiridos que revelam maior preocupação com a utilização das ferramentas da IA no sector referem, a “desinformação” (57%), a “manipulação social e política” (50%) e o “esvaziamento intelectual” (46%), como os principais perigos, sendo que cada inquirido pode escolher até três opções.

O Chat GTP foi o ponto de partida para muitos profissionais de comunicação no mundo da inteligência artificial e continua a ser o mais reconhecido, com 87% dos inquiridos a afirmar que já ouviu falar deste serviço, numa área onde 54% dos profissionais já utilizam algum tipo de ferramentas de IA no trabalho. Paralelamente, 75% dos inquiridos considera ainda utilizar ferramentas de IA num futuro próximo.

A grande maioria (80%) nega sentir-se pressionado para recorrer a estas plataformas. Porém, 20% dos participantes reconhecem já sentir pressão para o fazer. Dos que sentem pressão para utilizar ferramentas de IA para o exercício das suas funções, 75% reconhecem o ritmo acelerado em que estão a trabalhar como a principal motivação. Por outro lado, a “Curiosidade” e as “Chefias” foram de seguida as respostas mais dadas, com 18,75% e 6,25%, respetivamente. 

Como seria expectável, as ferramentas de inteligência artificial mais conhecidas pelos participantes são, consequentemente, as ferramentas mais utilizadas pelos mesmos. No entanto, destaca-se que a plataforma Goodtape é mencionada como a mais utilizada, mas não como a mais conhecida.

Através da análise dos resultados é possível concluir que os inquiridos estão atentos e que a maioria é favorável à utilização de novas tecnologias da informação e ferramentas de inteligência artificial na sua rotina profissional. 63% confirmam acreditar que as ferramentas de IA permitem realizar o seu trabalho de forma ética. Por outro lado, 36,71% dos inquiridos tem opinião contrária.

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