IA entra no topo das prioridades dos CEO em Portugal

O estudo da KPMG revela um forte compromisso com a inteligência artificial, mas também aponta para desafios significativos na implementação da tecnologia

IA entra no topo das prioridades dos CEO em Portugal

A Inteligência Artificial (IA) tornou-se numa das prioridades principais para os líderes empresariais em Portugal, de acordo com o relatório “CEO Outlook 2025” da KPMG.

Os números demonstram uma aposta significativa na IA por parte das lideranças nacionais com 72% dos líderes nacionais a identificar a IA como a sua principal prioridade de investimento e 59% a planear alocar entre 10% e 20% do seu orçamento a esta tecnologia nos próximos 12 meses.

Apesar do entusiasmo e do investimento, as empresas portuguesas enfrentam um desafio de integração tecnológica: apenas cerca de 40% dos CEO nacionais manifestam confiança na capacidade das suas organizações para implementar e ampliar a IA de forma eficaz. A maioria reconhece que a experimentação e os projetos-piloto são passos críticos para aumentar a adoção da tecnologia.

Os CEO em Portugal estão a seguir o caminho certo ao priorizarem a IA como um vetor estratégico. No entanto, para transformar o investimento em valor, é essencial garantir dados fidedignos, competências qualificadas e estruturas de governação sólidas. A IA precisa de estar integrada de forma ética, segura e orientada para gerar confiança e resultados de negócio. O equilíbrio entre a inovação e a responsabilidade será decisivo: as organizações que conseguirem alinhar a adoção da IA com a ética, a regulação e upskilling estarão na linha da frente para gerar um crescimento robusto e sustentável”, refere Vitor Ribeirinho, Senior Partner e CEO da KPMG Portugal.

Em Portugal, as principais barreiras sentidas pelos líderes empresariais são as implicações éticas da IA (54%), a escassez de competências técnicas (50%) e a falta de regulamentação (44%).

Estes desafios alinham-se com as preocupações globais, onde 59% dos CEO globais manifestam reservas éticas, 52% apontam a falta de preparação de dados e 50% referem um enquadramento regulatório insuficiente como as principais barreiras para a adoção desta tecnologia.

A pressão por competências demonstra que o talento é o novo fator de diferenciação. As empresas que combinem o investimento tecnológico com estratégias contínuas de formação estarão mais bem posicionadas para transformar a inovação em produtividade e vantagem sustentável.

A nível mundial, o estudo da KPMG confirma a IA como o principal foco de investimento das empresas nos próximos 12 meses. 69% dos CEO globais planeiam alocar 10 a 20% dos seus orçamentos à IA e 71% identificam-na como a sua principal prioridade estratégica. O estudo revela também que 61% das empresas estão a contratar profissionais com competências em IA e em tecnologia.

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