FinOps: uma tendência em crescimento na gestão financeira da cloud

Os custos da cloud estão a aumentar, indica um relatório recente, e a levar as empresas a adotar práticas de FinOps, para gerir melhor os custos

FinOps: uma tendência em crescimento na gestão financeira da cloud

A cloud não é um tema recente, contudo, a sua adoção foi acelerada pelo período atípico decorrente da pandemia. Nos primeiros anos de adoção, a poupança de custos era um dos fatores atrativos da cloud, contudo, atualmente, os custos estão a aumentar e a levar à necessidade de equipas de FinOps para implementarem iniciativas de poupança de custos, indica a ZDNet, citando a Flexera, no seu recente 2022 State of the Cloud Report. 

Os dados indicam que as organizações continuam a desperdiçar gastos significativos na cloud e 66% dos executivos inquiridos disseram que a utilização da cloud é maior do que inicialmente planeada, mas que as suas organizações desperdiçam 32% dos gastos. Além disso, "os gastos são provavelmente menos eficientes e mais elevados, em média, uma vez que muitas organizações tendem a subestimar o seu desperdício", referem os autores do inquérito, citados pela ZDNet. Mais, os inquiridos afirmaram que a sua despesa pública em cloud ultrapassou o orçamento numa média de 13% em relação ao ano anterior e esperam que os gastos com a nuvem aumentem 29% nos próximos doze meses.

O relatório indica, também, que entre as PME, 53% estão a gastar 1,2 milhões de dólares por ano na computação em cloud (no relatório de 2021, a percentagem indicada era 38%). Apesar dos autores do relatório não apresentarem este tipo de valor em relação a grandes empresas, referem que muitas gastam 12 milhões de dólares ou mais por ano em serviços específicos de cloud pública – 18% das empresas em AWS, 15% no Microsoft Azure e 7% na Google Cloud Platform. 

A prática mencionada pela Flexera no relatório – FinOps – destina-se a ajudar as organizações a obter o máximo valor do negócio a partir da cloud, "ajudando as equipas de engenharia, finanças, tecnologia e negócios a colaborar em decisões de gastos baseadas em dados", segundo a Fundação FinOps, citada pela ZDNet. "Cada vez mais utilizadores estão a nadar no lado FinOps da piscina, mesmo que não o saibam, ou ainda não lhe chamem FinOps", afirmam os autores do inquérito da Flexera, citados pela ZDNet. 

Mais, pelo sexto ano consecutivo, "otimizar a utilização da cloud é a principal iniciativa para todos os inquiridos, sublinhando a necessidade de equipas FinOps ou formas semelhantes de melhorar a poupança de custos", referem. Apesar de o inquérito não falar explicitamente sobre a adoção de FinOps, os autores dizem que algumas empresas organizaram equipas de FinOps para ajudar na avaliação de métricas e valor da computação em cloud. 

A automatização é uma ferramenta fundamental para otimizar os custos da cloud, revela o inquérito, e mais de 40% dos inquiridos estão a usar políticas automatizadas para encerrar workloads fora de horas, 33% estão a usar políticas automatizadas para implementar as tags necessárias, e 43% realizam este processo manualmente.

Apesar de metade dos executivos de IT reconhecerem o valor da cloud, nota a ZDNet, a principal medida de sucesso é a poupança dos custos (74%). Da mesma forma, o speed to market também é um benefício mensurável e, nesse sentido, classifica-se como uma métrica de sucesso (68%). Mais, a inovação (48%) e a vantagem competitiva resultantes da flexibilidade da cloud são das maiores vantagens apontadas a longo prazo, numa empresa baseada na cloud, mas são mais difíceis de medir, nota a ZDNet.

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