Estudo revela que 46% das empresas da região EMEA não consegue cumprir metas de sustentabilidade, enquanto 88% prioriza a soberania dos dados como fator decisivo para o design futuro das infraestruturas
|
Um novo estudo da Lenovo revela que o design dos centros de dados tradicionais está a falhar em preparar as empresas da região EMEA para o futuro digital. A incapacidade de suportar eficientemente cargas de trabalho de Inteligência Artificial (IA), bem como de cumprir as exigências de sustentabilidade e conformidade, está a forçar uma reavaliação urgente da infraestrutura. O estudo “Data Center of the Future” aponta que quase metade (46%) dos líderes de IT admite que a sua infraestrutura atual não suporta as metas de redução de energia ou carbono. A incerteza geopolítica e o aumento da regulamentação colocam a soberania dos dados no topo das preocupações dos decisores de topo. Uma esmagadora maioria de 99% dos responsáveis pelas decisões de IT na região afirma que a soberania dos dados será importante para a forma como os dados são recolhidos, armazenados e processados nos próximos anos. Com 88% dos líderes de IT a considerarem a soberania dos dados uma prioridade, a conformidade e o controlo sobre a localização dos dados vão definir o design futuro dos centros de dados. Adicionalmente, a baixa latência é igualmente crucial para 94% dos inquiridos, impulsionada pelo crescimento das aplicações em tempo real e do edge computing. Embora a IA continue a acelerar a utilização de dados em todos os setores, destaca-se uma crescente discrepância entre a ambição digital e a realidade da infraestrutura. De facto, 90% dos responsáveis de IT acreditam que a IA aumentará significativamente o uso de dados organizacionais na próxima década e 62% espera que a IA e a automatização tenham maior impacto na estratégia de IT. Contudo, 41% admite que a sua organização não está preparada para integrar a IA de forma eficiente. O fosso entre a intenção e a realidade é mais evidente na área da sustentabilidade, com 92% dos líderes de IT a priorizar os parceiros de tecnologia que reduzem o consumo de energia e a pegada de carbono, mas apenas 46% afirmam que o design atual do seu centro de dados apoia os objetivos de sustentabilidade. Esta discrepância sublinha as crescentes pressões ambientais, com os sistemas de refrigeração tradicionais a lutar para equilibrar eficiência, custo e redução de carbono face às exigências da IA e do crescimento exponencial de dados. Em comunicado, Simone Larsson, Head of Enterprise AI, EMEA na Lenovo, sintetiza a visão para o futuro: “o centro de dados do futuro será definido pela sua capacidade de escalar de forma eficaz para a IA, cumprir metas de sustentabilidade e operar com a máxima eficiência energética. Na EMEA, a soberania dos dados destaca-se como uma prioridade particularmente urgente, moldada por regulamentos regionais complexos e um controlo mais rigoroso por parte dos CIO e dos executivos”. |