Apenas 13% dos colaboradores receberam formação em IA no último ano

Mais de 50% dos profissionais acreditam nos conhecimentos da inteligência artificial para a sua função, mas apenas um em cada dez recebeu formação sobre esta tecnologia no último ano, diz a Randstad

Apenas 13% dos colaboradores receberam formação em IA no último ano

Um estudo recente da Randstad, Workmonitor Pulse Survey, baseou-se nos testemunhos de mais de sete mil profissionais numa escala mundial e em informações de anúncios de emprego para pintar o cenário laboral atual, tendo em conta particularmente a integração da Inteligência Artificial (IA) no local de trabalho. Segundo a investigação, mais de metade dos inquiridos (52%) considera que a IA vai proporcionar melhores perspetivas de progressão de carreira.

Perto da maioria dos profissionais (47%) mostram-se entusiasmados com a implementação de IA nos seus setores e funções, sendo que 53% consideram que a IA tem um impacto nos seus locais de trabalho. Esta é uma posição mais comum do que a preocupação, manifestada por dois em cada cinco colaboradores (39%). 

“Percebemos que cada vez mais os empregadores procuram talento com competências em IA – a nossa própria análise dos anúncios de emprego revela um aumento de 2000% desde o primeiro trimestre”, destaca Isabel Roseiro, diretora de marketing e comunicação da Randstad Portugal. 
No entanto, a Randstad considera que existe uma lacuna na formação e desenvolvimento da IA: apenas um em cada dez trabalhadores (13%) receberam uma formação sobre esta tecnologia no último ano, apesar de 33% já utilizarem a IA nas suas funções quotidianas.

Mais de metade dos inquiridos (55%) têm consciência de que o futuro da sua carreira passa em parte pela aprendizagem e pelo desenvolvimento. A Randstad identificou também uma lacuna substancial entre a formação recebida e desejada pelos profissionais, sendo que 22% gostariam que lhes fosse oferecida formação em IA no próximo ano. Esta é a terceira oportunidade mais desejada, para além de competências de liderança (24%) e de bem-estar e mindfulness (23%). 

Quase 25% dos trabalhadores afirmam não ter recebido quaisquer oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento no último ano, um número superior quando os operários (41%) são considerados. 

“A IA mostra um impacto profundo na produtividade e no desempenho geral no local de trabalho. É, no entanto, fundamental que exista um equilíbrio entre as competências exigidas pelas empresas e desejadas pelos colaboradores, por um lado, e as oportunidades de formação oferecidas, por outro”, refere Roseiro. “A IA veio para ficar e os nossos dados revelam que os profissionais estão prontos para adotar esta tecnologia também para o seu próprio benefício. As organizações bem-sucedidas serão aquelas que aproveitarem as oportunidades da IA”.

A análise às diferenças geracionais, realizada pela Randstad, permitiu concluir que a geração Z classifica a aprendizagem e o desenvolvimento (23%) como o maior motivador não financeiro no trabalho, sendo que a remuneração continua a ser a principal razão. A flexibilidade no trabalho (18%) e a cultura da empresa (16%) são fatores igualmente valorizados pelos profissionais desta faixa etária.

Neste sentido, os profissionais mais jovens estão dispostos a tomar medidas se não estiverem satisfeitos a nível de formação. O estudo revela que 41% dos inquiridos optariam por abandonar o emprego se não lhes fossem oferecidas oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento nos 12 meses seguintes.

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