Percursores do 5G têm três vezes mais probabilidades de reter clientes

Os prestadores de serviços de comunicação (PSC) na vanguarda da procura global pelo 5G para consumidores têm três vezes mais probabilidades de reter clientes e quase o dobro das hipóteses de aumentar a receita média por utilizador (ARPU) e a receita de serviços móveis, conclui o novo relatório Precursores do 5G do ConsumerLab da Ericsson. “Os serviços ao consumidor baseados no 5G podem desbloquear um valor que pode atingir os 3,7 biliões de dólares em oportunidades de receitas acumuladas para os PSC até 2030”, refere Jasmeet Singh Sethi, responsável pelo ConsumerLab, Departamento de Investigação da Ericsson.

“Um compromisso rumo à liderança tecnológica e à qualidade da rede é essencial para desbloquear o crescimento da receita dos PSC proveniente do 5G, através do potenciamento do segmento central dos consumidores e, em simultâneo, ao explorar novas oportunidades comerciais”, afirma Erik Ekudden, CTO da Ericsson. O relatório, que combina dados de satisfação dos clientes com a avaliação das estratégias para a maturidade do 5G e as receitas de mercado de 73 PSC em 22 mercados a nível global, num total de 105 critérios, identifica quatro etapas de maturidade do 5G. 

Em primeiro lugar, os exploradores 5G – aqueles que iniciaram o seu percurso com o 5G; os potenciais do 5G – PSC com clientes satisfeitos devido a redes 4G com melhor desempenho, mas que não investiram tanto na evolução da rede e oferta de 5G; os aspirantes do 5G – PSC considerados concorrentes do mercado com grandes aspirações face ao 5G, apesar de ainda tentarem melhorar a satisfação dos clientes; e, por fim, os precursores do 5G – que estão mais avançados porque marcam o ritmo do fornecimento da melhor cobertura, desempenho e inovação do 5G, mas podem melhorar ainda mais.

Entre os cinco grupos de PSC estudados, os precursores do 5G são amplamente considerados pelos consumidores como líderes do mercado no segmento do consumidor do 5G, mas não são necessariamente líderes de participação no mercado nem estão totalmente estabelecidos nos respetivos mercados locais. Mais, o CTO da Ericsson completa: “não é surpreendente que os Precursores do 5G procurem novas formas de desafiar as convenções do setor para tornar a conectividade do 5G mais relevante para as pessoas, as empresas e a sociedade”.

O grupo é caracterizado pelo melhor net promoter score (NPS) dos seus mercados, bem como por impulsionar a inovação ao prestarem uma média de três serviços de 5G para consumidores, como jogos na cloud, vídeo imersivo (RA/RV) e acesso sem fios fixo ao 5G. Apesar de os mercados avançados do 5G no Nordeste Asiático e na América do Norte constituírem a maior quota de PSC na categoria de precursores do 5G, um terço encontra-se na Europa.

Além disso, 50% dos PSC na categoria de precursores do 5G aumentaram a ARPU em 1% ou mais no período homólogo do ano passado em comparação com um quarto de todos os outros PSC e 75% rentabilizam o 5G com base em escalões de velocidade, qualidade de serviço, convergência fixo-móvel (FMC) ou conteúdos integrados. É de notar, ainda, que os precursores do 5G têm uma cobertura populacional média de 5G de 75%, velocidades de transferência de 270 Mbps e uma disponibilidade média de 5G de 14% ou mais, indica o relatório, e, em média, 70% dos subscritores consideram-nos líderes de mercado do 5G. Adicionalmente, quase 50% desses PSC já lançaram o acesso sem fios fixo 5G e são os mais proativos na implementação de capacidades de 5G autónomas e de computação multi-access edge (MEC).

O responsável pelo ConsumerLab remata: o “relatório destaca que os precursores do 5G que consigam demonstrar capacidade para adotar novas tecnologias, influenciar a perceção dos consumidores e que estejam preparados para investir e focar-se na inovação do serviço 5G, já estão um passo à frente da concorrência na corrida por novas oportunidades de receitas. Ao explorar novas oportunidades criadas pelo 5G, mais PSC podem tornar-se precursores do 5G e aumentar a receita ao mesmo ritmo”.