Organizações líderes aceleram expansão da infraestrutrura digital

O Global Interconnection Index da Equinix prevê que a interconexão global atinja uma dimensão 15 vezes superior à da Internet e já cresceu quatro vezes em relação ao total de 2020

Organizações líderes aceleram expansão da infraestrutrura digital

A pandemia forçou as economias a entrar a fundo na era digital, com as organizações líderes a acelerarem a sua estratégia digital-first, implementando os planos quatro vezes mais depressa do que antes da COVID-19, confere o mais recente Global Interconnection Index – GXI Vol. 5 – estudo de mercado anual publicado pela Equinix. Segundo Carlos Paulino, Managing Director da Equinix Portugal, “este é o momento de dar um salto ambicioso no âmbito de uma estratégia digital-first, e o GXI Vol. 5 fornece a orientação e os insights necessários para ajudar as empresas portuguesas a acelerar a sua jornada de transformação digital”.

As empresas líderes reduziram substancialmente o tempo de implementação da infraestrutura digital, expandindo-se para diversos pontos edge e integrando clouds múltiplas – tarefas que levariam dois anos, são agora concluídas em apenas seis meses e a tendência é notória em várias regiões. “Prevê-se que a interconexão global atinja uma dimensão 15 vezes superior à da Internet e o facto é que já cresceu quatro vezes em relação ao total de 2020. Na EMEA, o GXI prevê que a capacidade de largura de banda de interconexão irá crescer 46% ao ano, ilustrando como os líderes digitais estão a usar a interconexão e a infraestrutura distribuída para moldar e dimensionar a economia digital global”, completa Carlos Paulino.

O ritmo acelerado da transformação digital deverá continuar a alimentar o rápido crescimento da largura de banda de interconexão. Segundo o GXI Vol. 5, a largura de banda de interconexão global – medida da conetividade privada para a transferência de dados entre organizações – deverá suplantar os 21.485 Terabits por segundo (Tbps), ou 85 Zetabytes por ano, até 2024, o que representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) a cinco anos de 44%. Espera-se que a região EMEA cresça 46% (CAGR) até 2024, contribuindo com 5.327 Tbps, representando 25% da largura de banda de interconexão global. 

O crescimento está alinhado com a crescente procura por infraestrutura digital por parte das organizações, necessária para colocar mais negócios online, facilitar a integração eletrónica com parceiros e cadeias de fornecedores e abranger mais pessoas em ambientes de trabalho híbridos e dispersos.

O Insights do GXI Vol. 5 indica que quase 30% da infraestrutura corporativa implementada em instalações neutras (em relação a operadores) foi transferida para o edge, mais próximo dos locais de consumo dos dados e que os provedores de serviços estão a ampliar a infraestrutura edge duas vezes mais depressa do que a infraestrutura core, o que lhes permite oferecer suporte à crescente procura das empresas.

Por outro lado, as empresas líderes digitais estão agora interconectadas a dez vezes mais parceiros, o que lhes permite desfrutar dos melhores serviços de um vasto leque de fornecedores e parceiros. A tendência foi verificada em 12 setores e três regiões diferentes, tanto para companhias tradicionais, como para empresas nascidas na nuvem, provedores de serviços e até mesmo provedores de hiperescala.

Espera-se também que o setor dos serviços financeiros lidere em termos de implementação de largura de banda de interconexão empresarial (com mais de 50%), seguido pela produção industrial. Já os setores público, saúde e ciências da vida, serviços industriais e transporte experimentarão um maior crescimento da infraestrutura digital, gerando um aumento de 48%  (CAGR) na largura de banda de interconexão a nível global, entre 2020 e 2024. Estas indústrias, que anteriormente estavam atrasadas na adoção da interconexão, lideram após a pandemia.

Courtney Munroe, Research Vice President, Worldwide Telecommunications Research na IDC afirma que “as empresas que adotam uma estratégia digital abrangente como um dos seus pilares de negócios – conectando-se e alavancando plataformas digitais com parceiros, ecossistemas e clientes – emergem consistentemente como líderes disruptivos. A adoção de plataformas e serviços digitais é essencial para atingir o nível de agilidade e resiliência necessários para inovar e superar a concorrência”.

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