Maioria dos profissionais de TI não consideram a sua organização pronta para o negócio digital

Uma pesquisa recente conduzida pela Gartner chegou à conclusão que só dois quintos dos profissionais de TI acreditam que a sua organização estará preparada para o negócio digital nos próximos dois anos.

Maioria dos profissionais de TI não consideram a sua organização pronta para o negócio digital

No primeiro trimestre de 2016 a Gartner inquiriu 948 dos clientes, em 30 países, nomeadamente profissionais de TI, que representam muitos categorias e muitas disciplinas tecnológicas, tendo sido questionados sobre o seu papel nos esforços das suas organizações para se transformarem e darem resposta aos desafios do negócio digital.

Na pesquisa, 41% disseram acreditar que as suas organizações de TI estavam preparadas para o negócio digital nos próximos dois anos, ao passo que 29% afirmaram que as exigências do negócio digital seria o seu primeiro dever ou uma significativa parte das suas tarefas.

“Os profissionais de IT indicam que as suas prioridades de investimento, mudanças de infraestrutura, desenvolvimento de aptidões e interações entre o IT e o negócio estão a decorrer, demonstrando-se incertos quanto ao modo como a sua organização de IT irá sobreviver à transformação digital”, indica John Hagerty, vice-president e analista na Gartner.

“Para alguns, a mudança está a chegar demasiado depressa. Para outros, é o oposto. Muitos sabem que precisam de mudar, de pensar e de agir de forma diferente, mas debatem-se com estas mudanças. Muitos sentem dificuldade em equilibrar as exigências atuais – incluindo manter, simplesmente, a sua organização a funcionais – com os imperativos do futuro”. 

 

Organizações não estão preparadas para as mudanças do digital

Uma esmagadora maioria (90%) dos inquiridos não têm dúvidas de que têm um papel a desempenhar na transformação digital das suas organizações. No entanto, 59% acrescentaram que as empresas não estão preparadas  para o negócio digital nos próximos dois anos.

A Gartner diz que estes últimos resultados são preocupantes. A incerteza quanto ao nível de preparação da empresas reflete o défice de competências tanto em áreas tecnológicas como não tecnológicas.

 

Cloud, a mais influente sobre as profissões de IT

A pesquisa concluiu que as áreas que terão mais influência na carreira dos profissionais de TI nos próximos 18 meses serão o cloud computing, analytics, mobilidade e segurança.

“Tecnologias emergentes, em campos como o cloud computing, a mobilidade, os dados e o analytics, a par da segurança e da gestão do risco, estão permear quase todos os aspetos da atual paisagem do IT”, justifica Hagerty. “É essencial que os profissionais de IT identifiquem e colmatem as falhas ao nível das competências; caso contrário, arriscam-se a comprometer o progresso das suas organizações em direção a objetivos estratégicos”.   

Os profissionais de IT identificaram a cloud como a tecnologia que terá o maior impacto na sua carreira em 2016. Assim, 22% elegeram esta opção, o dobro dos que apontam os dados e o analytics.

“Adquirir competências cloud é essencial para que os profissionais de IT consigam reimaginar e refazer a infraestrutura para melhor potenciar as estratégias do negócio digital”, refere Hagerty. “No entanto, não é apenas a cloud – há toda uma coleção de competências relacionadas com a tecnologia e a eficiência que os profissionais de IT têm de planear agora, alerta a Gartner.

A pesquisa inquiriu profissionais de IT para identificar até três falhas de competências que as suas organizações tenham estado a tentar preencher, no que respeita à informação, à tecnologia e ao negócio digital. Cloud, dados e analytics lideraram a lista. Os inquiridos também apontaram falhas em competências gerais técnicas (que indicam uma ausência de conhecimento tecnológico amplo), bem como no campo da segurança, de modernização de sistemas legacy, de mobilidade e de Internet of Things. “Mas não se trata apenas de tecnologia, já que três das 10 principais respostas foram de competências de eficácia, nomeadamente juízo crítico/resolução de probemas, perspicácia empresarial e skills de comunicação”, indica o analista da Gartner.    

 

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