Investimento em fábricas inteligentes vai aumentar na próxima década

Investigadores calculam que os gastos com a produção inteligente passem de 345 mil milhões de dólares em 2021 para cerca de 950 mil milhões de dólares até 2030

Investimento em fábricas inteligentes vai aumentar na próxima década

A indústria transformadora deverá passar por uma profunda transformação digital nos próximos anos, adotando cada vez mais o conceito de fábrica inteligente, que lhes proporcionará mais capacidade de adaptação às mudanças e de personalização das suas operações. Segundo um estudo da ABI Research – Digital Factory Data –, os gastos com a produção inteligente passarão de 345 mil milhões de dólares em 2021 para cerca de 950 mil milhões de dólares até 2030.

É de notar que o mercado de fabrico inteligente inclui diferentes soluções relacionadas com a indústria 4.0, como autonomous mobile robots (AMR), rastreio de ativos, simulação e digital twins, entre outros. No relatório, Ryan Martin, Industrial & Manufacturing Research Director da ABI Research, explica que "apesar da maior parte das receitas serem atribuídas a hardware, uma maior confiança em analytics, software industrial colaborativo e conectividade sem fios (WiFi 6, 4G, 5G), vai impulsionar os gastos em serviços de valor acrescentado, nomeadamente conectividade, gestão de dados e capacitação da plataforma, até mais do dobro da previsão”.

A China, os EUA, o Japão e a Alemanha são as regiões com maior concentração de fábricas e, por isso, de maior impacto desta realidade. Os investigadores destacam que estas regiões são, também, pioneiras na incorporação de tecnologias avançadas de fabrico e são as economias de produção mais desenvolvidas em todo o mundo.

Mais, o estudo revela que a transformação digital será mais intensiva na indústria dos transportes, especialmente na automóvel, que ocupa a posição de topo em termos de receitas no setor da manufatura, exceto na China, onde a indústria automóvel está em segundo lugar e em primeiro a produção de eletrónicos.

Ryan Martin diz que “os fabricantes e os seus parceiros tecnológicos estão focados em apoiar a mudança para digital threads para uma melhor gestão e enriquecimento de dados ao longo do ciclo de vida da produção", diz Martin. "Uma espinha dorsal comum de dados permite que os fabricantes operem de forma mais eficiente entre equipas e departamentos, e há uma gama de fornecedores que ajudam os fabricantes com os seus digital threads".

Em termos de inovação e capacidade de execução, os principais líderes na jornada para a produção inteligente são a Siemens, PTC e Hitachi Vantara. Noutros aspetos gerais do ciclo de vida de dados de fabrico, incluem a Autodesk, Ansys, Dassault Systèmes e MSC Software. Nas soluções de conectividade, as empresas mais notáveis são a Nokia e a Ericsson; na qualidade, a Hexagon, Instrumental, Cognex e Keyence, e na automação industrial destacam-se a Rockwell, Emerso e ABB.

Martin conclui dizendo que "cada vez mais, há mais fontes de dados (incluindo dados espaciais) que podem ser sobrepostas e comparadas em tempo real para operações mais contextuais e preditivas. Os fabricantes mais avançados estão a começar a pensar nesta linha, enquanto a maioria já iniciou a sua jornada de transformação digital, mas ainda não estão totalmente dimensionado."

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