Fintech têm papel decisivo na globalização dos meios de pagamento

De acordo com o mais recente Relatório de Tendências dos Meios de Pagamento da Minsait Payments, mais de 40% dos portugueses já recorrem aos serviços de fintech

Fintech têm papel decisivo na globalização dos meios de pagamento

O setor financeiro continua a desenvolver-se graças à constante evolução tecnológica. Neste contexto, a ascensão das fintech está a transformar a forma como as pessoas fazem as suas transações bancárias, de tal forma que já são utilizadas frequentemente por 40,3% dos portugueses e, ocasionalmente, por 19,2%. Os dados são do XII Relatório de Tendências dos Meios de Pagamento, da Minsait Payments. 

O estudo destaca que um dos produtos com maior crescimento são os serviços de agregação financeira, uma vez que pelo menos 40,5% da população em Portugal tem contas em distintas instituições financeiras. A utilização destes serviços implica que os utilizadores aceitem a troca de informação entre diferentes bancos, condição que aceitam pela possibilidade de eliminar comissões e custos de gestão em 51% dos casos, ou pela possibilidade de obterem melhor condições de financiamento para as suas compras em 48% dos casos ou ainda pela melhoria da sua avaliação de risco de crédito (43%). 

Contudo, a banca tradicional continua a manter a sua liderança na Europa. 87% dos europeus escolhem-na como primeira opção na contratação de novos serviços ou produtos financeiros e de pagamento, valor que atinge os 95,9% em Portugal. Esta escolha assenta, principalmente, em três razões  em particular: o receio de perder o contacto pessoal que proporciona um banco tradicional, uma maior confiança nestas instituições financeiras e o hábito adquirido de ter trabalhado com elas durante toda a vida, e que se tornou um hábito. 

Quando se trata de operar com uma Fintech, e embora o preço dos seus serviços e produtos seja a principal razão, o que mais  se destaca é a facilidade de contratação e acesso a diferentes produtos e serviços que são percebidos como mais inovadores do que os oferecidos pelos bancos. Este é um dos motivos em ascensão, juntamente com outros como a facilidade de utilização dos sites e aplicações que, até agora, eram a principal vantagem percebida pelos utilizadores para os escolherem. Por outro lado, o nível de confiança, geralmente mais associado à banca tradicional, também começa a aumentar neste setor.

Os jovens são os que percecionam os maiores benefícios e estão mais sintonizados com estes novos players. 36% das pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos e 35% das pessoas com idades entre os 25 e os 34 anos aumentaram a recomendação das Fintech a pessoas do seu entorno. E reforçaram a sua relação com estes players financeiros graças à facilidade com que podem contratar novos produtos financeiros, conforme referido por 29% dos inquiridos da primeira faixa etária (18 a 24 anos) e 27% dos que têm entre 25 e 34 anos.

Por outro lado, o relatório salienta que a próxima vaga de digitalização terá um impacto significativo nos novos meios de pagamento, permitindo alargar o acesso a produtos e serviços financeiros entre empresas, consumidores e administrações públicas. De acordo com o relatório Minsait Payments, o ónus da inovação passará dos consumidores para as empresas na próxima década. 

Finalmente, a investigação sublinha, igualmente, a necessidade de uma maior colaboração entre todos os intervenientes no setor financeiro. Num contexto de múltiplas soluções financeiras e de pagamentos digitais, é importante que as diferentes partes envolvidas colaborem para oferecer ao cliente uma experiência de pagamento mais fluida, segura e personalizada.

 

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