Apenas 15% das empresas podem ser consideradas Líderes de Dados

O relatório “Data for Humanity”, encomendado pela Lenovo, analisa os três pilares-chave destacados pelos Líderes de Dados: a Gestão de Dados, a Análise de Dados e a Segurança dos Dados. As organizações que incorporaram estes pontos tiveram um aumento de 78% das receitas

Apenas 15% das empresas podem ser consideradas Líderes de Dados

Apenas 15% das organizações têm capacidade de preencher os critérios de forma a serem consideradas Líderes de Dados.

As conclusões são apresentadas no relatório “Data for Humanity”, um estudo encomendado pela Lenovo, e que contou com entrevistas a altos executivos em organizações com uma receita no valor de 500 milhões de dólares ou mais para percecionar de que forma é que as grandes empresas mundiais tiram partido dos dados.

Este é um ponto essencial para as empresas mundiais que pretendem estar na linha da frente da liderança. O segredo para chegar a este patamar está, segundo o grupo Líderes de Dados, assente em três pilares-chave – Gestão de Dados, Análise de Dados e Segurança de Dados - que permitem a utilização dos dados de forma eficaz.

No fim, as organizações que adotaram estes três pontos chave verificaram um aumento de 78% das receitas e uma menor probabilidade em sofrer os efeitos da baixa produtividade dos colaboradores (13%) e do baixo nível de inovação (10%).

Os três pilares dos dados

Mesmo que não figurem nesta categoria, estes três pilares-chave são o ponto de partida para muitas empresas quando olham para o futuro da organização. 59% dos líderes empresariais questionados afirmam que é provável investirem nos próximos anos em ferramentas de cibersegurança; 58% em ferramentas de inteligência artificial; 57% em ferramentas de análise de dados; e 55% em armazenamento de dados.

Por outro lado, a automação da gestão ou análise de dados (89%) e a otimização do uso dos diferentes tipos de dados (88%) são outros dois aspetos que pesam quando se fala em tirar partido de dados.

Giovanni Di Filippo, Presidente do Lenovo Infrastructure Solutions Group para a EMEA, acredita que “é só uma questão de tempo até vermos mais organizações a tornarem-se Líderes de Dados, à medida que continuam a usar novas ferramentas e soluções”. Apesar de cada uma das jornadas estar num patamar diferente ao nível da jornada de gestão de dados, “as organizações criaram as bases ao armazenar a maioria dos seus dados na nuvem e ao implementar soluções que oferecem escalabilidade, simplicidade e visibilidade. Mas há margem para ir muito mais longe, em particular no que toca a tornar os dados mais acessíveis e a dar-lhes os meios para apoiarem a informação ou a tomada de decisão. Para lá chegarem, as organizações precisam do apoio dos fornecedores de tecnologia, e os parceiros têm de trabalhar em conjunto para viabilizar as melhores soluções”.

A aposta e os resultados

Para a maioria dos líderes (58%) a solução de dados é escalável, altamente automatizada (57%) e de fácil utilização para os colaboradores (55%). A maioria dos dados estão armazenados na nuvem (52%).

Quando falamos de satisfação, apenas 52% dos líderes mostram-se satisfeitos com a sua atual plataforma de dados e 23% sente que está a perder terreno para a concorrência. Entre os principais entraves para esta realidade está a segurança, as competências, os desafios na comunicação interna e a integração de dados. A facilidade em aceder aos dados a partir de qualquer lugar é também um problema apontado por mais de metade dos líderes (56%), um aspeto que ganha uma outra dimensão numa era marcada pelo trabalho híbrido.

A garantia da segurança dos dados

91% dos líderes que participaram no estudo consideram a otimização das soluções de cibersegurança essenciais para que a sua organização consiga tirar valor dos seus dados. No entanto, 43% considera que os seus dados não estão seguros, contra 57% que acredita que estão. Quase um terço admite que correu riscos ao nível cibernéticos por não melhorar a sua capacidade de gestão e análise de dados.

“As estratégias de segurança devem ser contínuas, não isoladas. Como a quantidade de dados que as empresas detêm continua a crescer exponencialmente, impulsionada pela crescente adoção da IA e das funções analíticas, os recursos de segurança devem ser expandidos em paralelo”, afirma Marco Pozzoni, Diretor de Vendas de Armazenamento da Lenovo para a EMEA.

As questões de segurança são mesmo consideradas o maior obstáculo à partilha de dados pela maioria dos participantes do estudo (89%).

Cultura de Dados

Na busca por fazer mais e melhor com os dados, as empresas estão a recorrer a estratégias de dados, incluindo requalificar os colaboradores que utilizem os dados de forma eficaz (89%) e dar formação em análise e gestão de dados (88%). Apenas 21% revela que já nomeou um Chief Data Officer, responsável pela integração e melhor utilização dos dados.

79% dos inquiridos considera a escassez de competências e talentos como uma ameaça ao seu negócio nos próximos três anos, mas a maioria (88%) considera que recrutar talento é essencial na estratégia de dados. 88% considera também que os dados são a solução para melhorar o desempenho quando falamos de desafios na área do talento. O facto de não melhorarem a gestão e análise de dados é mesmo considerada uma consequência para 23% dos líderes que revelaram dificuldade em contratar e reter talento.

Di Filippo defende que “todos os colaboradores devem ser capacitados para usar os dados de forma eficaz, e tudo começa com a construção da cultura certa”, na medida em que as organizações devem também ter em mente o pilar invisível das competências: “Munidos das soluções que possibilitam a Gestão de Dados, a Análise de Dados e a Segurança de Dados, os colaboradores devem ser capazes de usar e aplicar essas soluções às suas funções, para obterem melhores resultados de negócio. Colocar o ónus nos líderes empresariais de darem aos colaboradores mais oportunidades para desenvolverem competências tecnológicas para lá das suas funções tradicionais permitirá criar uma geração de “Tecnólogos de Negócio” bem equipados para explorar o pleno potencial dos dados”.

88% dos líderes empresariais considera que construir uma cultura focada nos dados será importante ao nível da estratégia de dados nos próximos anos.

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