Maioria das organizações com metas voluntárias de embalagens sustentáveis vão alinhar com diretrizes legais

Gartner prevê que empresas vão focar-se na conformidade legislativa e não nos compromissos voluntários e propostos pelas próprias organizações

Maioria das organizações com metas voluntárias de embalagens sustentáveis vão alinhar com diretrizes legais

A Gartner prevê que, até 2028, 75% das organizações com metas declaradas de embalagens sustentáveis vão abandonar os objetivos voluntários em favor da adoção de diretrizes legislativas. A previsão surge num contexto em que 90% dos compromissos públicos de embalagens sustentáveis devem permanecer por cumprir até ao final deste ano.

Até ao final deste ano, a Gartner prevê que 90% dos compromissos públicos de embalagens sustentáveis vão permanecer por cumprir, uma vez que as organizações continuam a depender de plásticos e embalagens descartáveis”, afirmou, em comunicado, John Blake, Senior Director Analyst na Supply Chain practice da Gartner.

O analista alertou ainda que os Chief Supply Chain Officers devem preparar-se para custos crescentes associados aos requisitos de Extended Producer Responsibility (EPR), que podem ascender a milhões de dólares.

Com o falhanço dos esforços voluntários, vários estados norte-americanos aprovaram legislação EPR para embalagens, uma tendência política global que transfere a responsabilidade financeira pelos resíduos de embalagens e reciclagem para produtores e fabricantes.

As leis EPR exigem que as organizações se registem junto de uma Producer Responsibility Organization (PRO), entidade que gere as obrigações de recolha, reciclagem e reporte para os produtores. As empresas devem submeter dados detalhados sobre materiais de embalagem, quantidades e reciclagem, cumprindo regras que variam entre jurisdições.

Muitas organizações não estão atualmente preparadas para estes novos requisitos, com carências de ferramentas e recursos de gestão de dados necessários para a conformidade. A longo prazo, a legislação pode gerar custos significativos com taxas e coimas de PRO, materiais alternativos e ajustes na cadeia de abastecimento”, explicou Blake.

A legislação tornou-se agora a força primária que molda as estratégias de design de produtos e embalagens, substituindo o foco anterior no custo e apelo ao consumidor. As empresas devem alinhar as embalagens com novos requisitos de sustentabilidade, rotulagem e reutilização.

Os principais impactos incluem a adaptação das cadeias de abastecimento para sistemas de embalagens reutilizáveis, a aceleração dos ciclos de redesenho de embalagens (que podem demorar dois anos ou mais) e a incorporação de requisitos legislativos no desenvolvimento de novos produtos.

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