Check Point alerta para malware que ataca durante época de saldos

A Check Point está a alertar para uma nova modalidade de malware destinado a dispositivos móveis, especificamente os Trojans móveis de acesso remoto (mRATs), infiltrando-se principalmente em épocas especiais como os saldos pós Natal, onde a atividade de compras online é maior.

Check Point alerta para malware que ataca durante época de saldos

Esta ameaça afeta os dispositivos móveis através de técnicas de phishing direcionadas para grandes promoções ou descontos, levando ao download de aplicações maliciosas.
A Check Point alerta para o crescimento significativo dos Trojans OmniRAT e AndroRAT, ambos direcionados para dispositivos Android.

“As ameaças móveis estão cada dia mais sofisticadas, e crescem a um ritmo mensal superior a 20 por cento”, indica Rui Duro, sales manager da Check Point para Portugal. “A maioria dos utilizadores não entende por completo os riscos, e é por isso que as pessoas podem ser facilmente enganadas. E o mais grave é que, se utilizam dispositivos móveis das suas empresas, podem estar a pôr os dados empresariais mais sensíveis em risco, uma situação que preocupa cada vez mais as organizações de todo o mundo”.

De acordo com a especialista em segurança, a presença deste malware foi detetada na passada Black Friday, causando sérios danos às vítimas.
Através de técnicas de phishing, sobre uma promoção atrativa, foi possível aos utilizadores fazerem o download de uma aplicação disfarçada de uma aplicação oficial da Amazon.
“O nível de sofisticação é assombroso”, sublinha Rui Duro. “Não devemos cair na asneira de acreditar que todas as aplicações maliciosas são facilmente reconhecíveis”.

A aplicação maliciosa, uma vez instalada no dispositivo, consegue roubar a informação do utilizador, sem que este perceba, enviando-a para um servidor remoto do cibercriminoso.
Entre as informações retiradas, incluem-se dados de localização, dados de câmara, lista de contactos e registos completos de chamadas.

A nível do AndroRAT, este tem a capacidade de se camuflar e instalar como uma aplicação para smartphones legítima, sem o conhecimento do utilizador, o que permite ter um controlo remoto total sobre o dispositivo Android.
“A sua propagação cresceu 10 vezes no último mês”, refere Rui Duro, acrescentando que “segundo a nossa investigação, é atualmente um dos três tipos de malware móvel mais expandidos do mundo”. Uma variante desta família, o AndroRATintern, infiltrou-se recentemente no serviço de acessibilidade de uma aplicação de mensagens instantâneas japonesa, LINE, para violar as mensagens dos seus utilizadores.

O responsável da Check Point aconselha: “segundo diversos estudos, 50 por cento das compras online durante e após o Natal foram feitas a partir de dispositivos móveis. Algumas serão particulares, mas muitas vezes também são feitas a partir de dispositivos empresariais. É por isso que devemos agir com precaução e entendermos de uma vez que estes dispositivos são tão vulneráveis e contêm tantos dados importantes (ou mais) que os nossos computadores”.

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